Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

quarta-feira, 13 de maio de 2015

AS TRÊS PRIMEIRAS GRANDES CIVILIZAÇÕES MUNDIAIS: EGITO (PARTE 07 - FINAL)

IV.2.3 – Arquitetura e Arte


A arquitetura inclui algumas das mais famosas estruturas do mundo: as Grandes Pirâmides de Giza e os templos em Tebas, local do famoso complexo de templos de Karnak, 2,5 km ao norte de Luxor. Os projetos eram organizados e custeados pelo Estado com finalidades religiosas e comemorativas, mas também como reforço do poder do faraó. Os antigos egípcios eram perito construtores: com ferramentas simples, mas efetivas, e instrumentos óticos, os arquitetos podiam construir grandes estruturas de pedra com precisão.
Os camponeses viviam em casas simples, mas os palácios da elite eram estruturas mais elaboradas. Alguns palácios sobreviventes do Novo Reino, como os de Malkata e Amarna, mostram paredes ricamente decoradas e pisos com cenas de pessoas, pássaros, lagos, deidades e desenhos geométricos. Estruturas mais importantes, com o templos e tumbas, eram feitas com a intenção de durar eternamente. Eram construídas com pedras ao invés de tijolos e incluíam apoios de pilares e vigas, com motivos de papiros e lótus.
Os mais antigos templos egípcios preservados, como os de Giza, consistem de halls fechados simples com lajes suportadas por colunas. No Novo Reino, arquitetos adicionavam pátios abertos e o hall fechado com teto sobre colunas, na frente do santuário do templo, num estilo que se tornou padrão até o período greco-romano. A mais antiga e popular arquitetura de tumba no Reino Antigo era a mastaba, já comentada acima. A pirâmide em degraus, de Djoser, é formada por uma série de mastabas de pedra, empilhadas umas sobre as outras. As pirâmides foram construídas durante os Reinos Velho e Médio, mas a maioria dos últimos governantes abandonou-as em favor de tumbas de pedra cortada, menos notáveis. A 25ª Dinastia foi uma notável exceção, já que todos os seus faraós construíram pirâmides.
Os antigos egípcios produziram arte para servir a objetivos funcionais. Por mais de 3500 anos, artistas aderiram a formas e iconografia artística desenvolvidas durante o Reino Antigo, seguindo um conjunto estrito de princípios que resistiram à influência estrangeira e à mudanças internas. Esses padrões artísticos – linhas simples, formas e áreas planas, de cor, combinadas com a característica projeção plana de figuras, sem indicação de profundidade espacial – criaram um senso de ordem e equilíbrio dentro de uma combinação. Imagens e textos eram intimamente entrelaçados em paredes de túmulos e templos, sarcófagos, marcos e estátuas. A “Paleta de Narmer” – descoberta arqueológica egípcia datando do século XXXI AC e mostrando o rei Narmer -, por exemplo, apresenta figuras que também podem ser lidas como hieróglifos. Regras rígidas governavam sua aparência altamente estilizada e simbólica e, por essa razão, a arte egípcia antiga serviu a seus fins políticos e religiosos com precisão e clareza.
Os artesãos egípcios usavam pedra para esculpir estátuas e relevos delicados, mas podiam usar madeira como um substituto barato e facilmente esculpido. As tintas eram obtidas de minerais como minério de ferro (ocre vermelho e amarelo), minério de cobre (azul e verde), fuligem ou carvão (negro) e calcário (branco). As tintas podiam ser misturadas com goma arábica, servindo como liga, e então moldadas em barras, que podiam ser umedecidas com água, quando necessário.
Os faraós usavam relevos para registro de vitórias em batalha, decretos reais e cenas religiosas. Cidadãos comuns tinham acesso a peças de arte funerária, em que acreditavam protege-los no após vida. Durante o Reino Médio, modelos de madeira ou argila, representando cenas da vida de cada dia, tornaram-se populares nas tumbas. Esses modelos mostram operários, casas, barcos e mesmo formações militares, em representações em escala, do ideal do antigo egípcio após a morte.
Casal real, estilo Amarna, Museu Egípcio, Berlim
A despeito da homogeneidade da arte egípcia antiga, os estilos de épocas e locais particulares refletiam a mudança de atitudes culturais ou políticas. Após a invasão dos hicsos, no Segundo Período Intermediário, afrescos no estilo do rei Minos (ilha de Creta) ainda eram encontrados em Avaris. O exemplo mais contundente de uma mudança conduzida pela política nas formas artísticas, vem do Período Amarna, onde figuras foram radicalmente alteradas para conformar-se às ideias religiosas revolucionárias de Akhenaten. Este estilo, conhecido como arte Amarna, foi rápida e radicalmente apagado após a morte de Akhenaten e substituído pelas formas tradicionais, conforme vimos.

IV.2.4 – Crenças Religiosas e Costumes Fúnebres

As crenças no divino e no pós vida eram enraizadas na antiga civilização egípcia, desde o seu início; o mando faraônico era baseado no divino direito dos reis. O panteão egípcio era povoado por deuses com poderes supernaturais que eram chamados por ajuda ou proteção. Contudo os deuses nem sempre eram vistos como benevolentes e os egípcios acreditavam que eles tinham que ser acalmados com ofertas e orações. A estrutura desse panteão mudava continuamente à medida que novas deidades eram promovidas na hierarquia, mas os sacerdotes não faziam esforços para organizar os vários e conflitantes mitos e histórias num sistema coerente. Essas várias concepções de divindade não eram consideradas contraditórias mas apenas camadas das múltiplas facetas da realidade.
Os deuses eram adorados em templos de culto administrados por sacerdotes atuando em nome do rei. No centro do templo ficava a estátua cultuada, em um relicário. Os templos não eram locais de adoração ou reunião pública; somente em dias de festa selecionados, um relicário com a estátua do deus era trazido para fora para adoração pública. Cidadãos comuns podiam adorar estátuas privadas em suas casas e amuletos ofereciam proteção contra as forças do caos. Após o Novo Reino, o papel do faraó como intermediário espiritual perdeu um pouco da força à medida que os costumes religiosos mudavam para a direta adoração dos deuses. Como resultado, os sacerdotes desenvolveram um sistema de oráculos para comunicar a vontade dos deuses diretamente ao povo.
Os egípcios criam que cada ser humano era composto de partes ou aspectos físico e espiritual. Além do corpo, cada pessoa tinha uma “ sombra”, uma personalidade ou alma, uma “força vital” e um nome. O coração, ao invés do cérebro, era considerado o assento dos pensamentos e emoções. Após a morte, os aspectos espirituais eram liberados do corpo e podiam mover-se livremente, mas requeriam os restos mortais (ou um substituto, como uma estátua) como um lar permanente. O objetivo final do morto era reencontrar seus aspectos espirituais e tornar-se um “morto abençoado”, vivendo como um “ser efetivo”.
Os antigos egípcios mantinham um elaborado conjunto de práticas funerárias que acreditavam necessárias para garantir a imortalidade após a morte. Esses costumes envolviam a preservação do corpo, por mumificação, a realização de cerimônias fúnebres e o sepultamento, junto com o corpo, de bens que o morto usaria no pós vida. Antes do Reino Antigo, os corpos enterrados em covas no deserto eram naturalmente preservadas por dessecamento. As condições áridas do deserto foram uma benção, por toda a história do antigo Egito, para o enterro dos pobres, que não dispunham de recursos para as elaboradas preparações fúnebres disponíveis às elites. Os egípcios mais ricos começaram a enterrar seus mortos em tumbas de pedra e a usar a mumificação artificial, que envolvia a remoção dos órgãos internos, o envolvimento do corpo em linho e o enterro num sarcófago retangular de pedra ou de madeira. A partir da Quarta Dinastia, algumas partes eram preservadas, separadamente, em canopos (jarros).
Pelo Novo Reino, os egípcios haviam aperfeiçoado a arte da mumificação. A melhor técnica levava 70 dias e envolvia a remoção de órgãos internos, do cérebro, pelo nariz, e o dessecamento do corpo numa mistura de sais. O corpo era então envolvido em linho, com amuletos protetores entre as camadas, e colocado num caixão decorado e com forma humana. As múmias do Último Período eram também colocadas em caixas de múmias decoradas. As práticas de preservação declinaram durante as eras Ptolomaica e Romana, quando a maior ênfase era colocada na aparência externa da múmia, que era decorada.
Egípcios ricos eram enterrados com grandes quantidades de bens luxuosos, embora todos os enterros, independente do seu status social, incluíssem bens para o morto. A partir do Novo Reino, textos funerários eram incluídos no túmulo, com estatuetas que se acreditava realizar trabalhos manuais para eles, no pós vida. Após o enterro, os parentes podiam, ocasionalmente, levar alimento ao túmulo e recitar orações em favor do morto.

IV.2.5 – Exército

O exército do Antigo Egito era responsável pela sua defesa contra a invasão estrangeira e pela manutenção dos seus domínios no antigo Oriente Próximo. Durante o Reino Antigo, ele protegeu expedições de mineração no Sinai e lutou guerras civis durante os Primeiro e Segundo Períodos Intermediários. O exército era também responsável pela manutenção de fortificações ao longo de importantes rotas de comércio e pela construção de fortes que servissem de bases militares. Durante o Novo Reino, vários faraós usaram seu respeitado exército para atacar e conquistar Kush e partes do Levante.
Seu equipamento militar típico incluía arcos e flechas, lanças e escudos arredondados, de peles de animais esticadas sobre armações de madeira. No novo reino, carros que haviam sido introduzidos, anteriormente, pelos invasores hicsos, começaram a ser usados. Armas e armaduras continuaram a ser melhoradas após a adoção do bronze: escudos em madeira maciça com revestimento de bronze, lanças com pontas de bronze e as espadas tipo foice adotadas dos soldados asiáticos. O faraó era normalmente representado, em arte e literatura, a frente de seu exército e alguns deles assim o fizeram, realmente, embora não fosse comum esse procedimento à época. Os soldados eram recrutados da população geral, mas durante, e especialmente após, o Novo Reino, mercenários da Núbia, Kush e Líbia foram contratados para lutar pelo Egito.

IV.2.6 – Tecnologia, Medicina e Matemática

O Egito alcançou um padrão relativamente alto de produtividade e sofisticação na tecnologia, medicina e matemática.
Mesmo antes do Antigo Reino, os egípcios antigos haviam desenvolvido um material vítreo conhecido como faiança, que eles tratavam como um tipo de pedra artificial semi-preciosa. Era uma cerâmica não argilosa, feita de sílica, pequenas quantidades de cal e soda e um corante, geralmente cobre. Esse material era usado para fazer contas, telhas, ladrilhos, estatuetas e louça.
Os antigos egípcios podiam fabricar uma ampla variedade de objetos de vidro com grande habilidade, mas não se sabe se eles desenvolveram o processo de forma independente. Também não é claro se eles fizeram seu próprio vidro bruto ou importaram barras pré-fabricadas, que fundiam e acabavam. Contudo, eles possuíam expertise técnico para a confecção de objetos, bem como na adição de micro elementos para controlar a cor dos vidros acabados. Uma boa variedade de cores podia ser produzida, incluindo amarelo, vermelho, verde, azul, púrpura e branco, e o vidro podia ser transparente ou opaco.
Os problemas médicos dos egípcios antigo, advinham diretamente do seu meio ambiente. Vivendo e trabalhando próximo do rio Nilo, corriam o risco da malária e parasitas da esquistossomose, que lhes causavam danos ao intestino e fígado. Animais selvagens como crocodilos e hipopótamos eram também uma ameaça comum. Os trabalhos na agricultura e construção por toda a sua vida, sacrificavam espinha e juntas e ferimentos traumáticos da construção e guerras eram um pesado tributo ao corpo. Arenito e areia da moagem desgastavam os dentes deixando-os sensíveis a abcessos (embora as cáries fossem raras).
As dietas dos ricos eram ricas em açúcar, o que causava doenças periodontais. A despeito das características agradáveis representadas nas paredes das tumbas, o sobre peso das múmias da maioria da classe alta reflete os efeitos de uma vida ociosa. A expectativa de vida do adulto era de 35 anos para os homens e 30 anos para as mulheres, mas cerca de 1/3 da população morria na infância.
Os médicos egípcios eram renomados no antigo Oriente Próximo, por sua perícia na cura e alguns, como Imhotep, permaneceram famosos por longo tempo após suas mortes. Registros de Heródoto mostram que já havia um alto grau de especialização à época, alguns médicos tratando apenas cabeça e estômago, enquanto outros apenas de olhos e dentes. O treinamento de médicos ocorria na “Casa da Vida”, principalmente os que tinham sede em Per Bast, cidade do Delta do Nilo, durante o Novo Reino, e em Abydos, no Último Período. Papiros médicos mostram um bom conhecimento empírico de anatomia, ferimentos e tratamentos práticos. Feridas eram tratadas por bandagens com carne crua, linho branco, suturas, curativos e algodões empapados com mel para evitar as infecções, enquanto ópio, tomilho e beladona eram usados para aliviar a dor. Os mais antigos registros de tratamento de queimaduras descrevem bandagens de queimadura que usavam o leite de mães de bebês machos. Orações eram feitas para a deusa Isis. Pão mofado, mel e sais de cobre eram usados para prevenir a infecção. Alho e cebola eram usados regularmente para promover a boa saúde, acreditando-se que aliavam os sintomas da asma. Cirurgiões egípcios costuravam ferimentos, arrumavam ossos quebrados e amputavam membros doentes, mas reconheciam que alguns ferimentos eram tão sérios que só podiam manter o paciente confortável até que ocorresse a morte.
Os primeiros egípcios sabiam como reunir pranchas de madeira para o casco de um navio e haviam dominado formas avançadas de construção naval já por 3000 AC. O Instituto Arqueológico da América atesta que 14 navios ainda não desenterrados, em Abydos, foram construídos de pranchas de madeira “costuradas” juntas, por meio de tiras entrelaçadas, com grama ou junco entre as pranchas para selar as costuras. O mais antigo desses navios data de 3000 AC (cerca de 5.000 anos de idade) e tem 23 m de comprimento e pode ter pertencido ao rei Aha. Sabe-se que grandes navios marítimos foram muito usados pelos egípcios no comércio com cidades-estados do Mediterrâneo Oriental, especialmente Biblos (na costa do Líbano moderno) e em várias expedições ao Mar Vermelho, a Punt. De fato, uma das palavras egípcias mais antigas para definir um navio marítimo, foi “Navio Biblos”, mas ao final do Reino Antigo, qualquer que fosse o seu destino, ele seria chamado por esse nome.
Mersa Gawasis, no Mar Vermelho
Em 2011 arqueólogos da Itália, EUA e Egito, escavando uma lagoa seca, Mersa Gawasis, descobriram traços desenterrados de um antigo porto que no passado lançou expedições famosas ao mar aberto. Uma das evidências mais evocativas inclui grandes navios de madeira e centenas de metros de cordas de papiro enrolados em imensos rolos. Em 2013 uma equipe de arqueólogos franco-egípcios descobriram o que pode ser o porto mais antigo do mundo, datando de 4500 AC, da época do Rei Queops, na costa do Mar Vermelho, cerca de 110 milhas ao sul de Suez.
Os mais antigos exemplos atestados de cálculos matemáticos datam do Período Naqada pré-dinástico e mostram um sistema numérico totalmente desenvolvido. A importância da matemática para um egípcio educado é sugerida por uma carta do Novo Reino em que o escritor propões uma competição escolar entre ele e outro escriba, sobre tarefas corriqueiras envolvendo cálculos, como avaliação de terras, trabalho e grãos. Textos como o Papiro Matemático de Rhind e o Papiro Matemático de Moscou, mostram que os egípcios antigos podiam realizar as quatro operações matemáticas básicas, usar frações, calcular volumes de caixas e pirâmides e calcular áreas de retângulos, triângulos círculos. Eles entendiam os conceitos básicos de álgebra e geometria e podiam resolver conjuntos simples de equações simultâneas.
A notação matemática era decimal e baseada em hieróglifos para cada potência de dez até um milhão. Cada um desses sinais era escrito o número de vezes necessário para se chegar até o número. Por exemplo, para se escrever o número oito, ou oitenta, ou oitocentos, escrevia-se o sinal para 1, 10 ou 100, respectivamente, repetindo-o oito vezes. Algumas das características de seu método, certamente seriam hoje bem mais complicadas do que o nosso sistema decimal como o conhecemos.
Os matemáticos egípcios antigos possuíam compreensão dos princípios básicos do Teorema de Pitágoras, sabendo, por exemplo, que o triângulo retângulo tinha um ângulo reto oposto à hipotenusa e que seus lados mantinham uma relação de 3, 4 e 5. Calculavam a área do círculo como 8/9 do seu diâmetro elevado ao quadrado, um valor muito próximo de [(πD**2)/4] ou (πr**2).

V - LEGADO

A cultura e os monumentos do antigo Egito, constituem um duradouro legado ao mundo moderno. O culto da deusa Isis, por exemplo, tornou-se popular no Império Romano, quando obeliscos e outras relíquias foram transportados para Roma. Os romanos também importaram materiais de construção do Egito para erigir estruturas no estilo egípcio. Historiadores antigos, como Heródoto, Strabo e Diodorus Siculus, estudaram e escreveram sobre a terra que os romanos conheceram, como um lugar de mistério.
Durante a Idade Média e o Renascimento, a cultura egípcia pagã estava em declínio após a ascensão do Cristianismo e, posteriormente, do Islamismo; mas o interesse na antiguidade egípcia prosseguiu nos escritos de estudiosos medievais. Nos séculos XVII e XVIII, viajantes e turistas europeus trouxeram de volta antiguidades e escreveram a histórias de suas jornadas, conduzindo a uma onda de Egiptomania por toda a Europa. Esse renovado interesse enviou colecionadores ao Egito, que tomaram, adquiriram ou ganharam antiguidades muito importantes.
Embora a colonização europeia do Egito tenha destruído uma parte significativa do legado histórico do país, alguns estrangeiros tiveram resultados mais positivos. Napoleão, por exemplo, arranjou os primeiros estudos em Egiptologia quando trouxe 150 cientistas e artistas para estudar e documentar a história natural do Egito, publicada na “Descrição do Egito”.
No século XX, o governo e arqueólogos egípcios reconheceram a importância do respeito e integridade cultural nas escavações. O “Supremo Conselho de Antiguidades” agora aprova e supervisiona todas as escavações, realizadas para a busca de informações ao invés de tesouros. O Conselho também supervisiona museus e programas de reconstrução de monumentos projetados para preservar o legado histórico do Egito, uma das grandes civilizações mundiais.

Na próxima postagem, INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO DO INDO

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