Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A HISTÓRIA DO IMPÉRIO PERSA (IRÃ) - Parte 6

Efígie de Kavad I sobre dinar de ouro

Kavad I foi um soberano enérgico e reformador, dando apoio à seita fundada por Mazdak, que exigia que o rico dividisse suas esposas e seus bens com os pobres, com a evidente intenção de quebrar a influência dos magnatas e da crescente aristocracia. Suas reformas conduziram à sua deposição e prisão no “Castelo do Esquecimento”, em Susa, com a elevação ao trono, de seu irmão mais jovem Jamasp (Zamaspes), em 496. Jamasp (496-498), instalado no trono por membros da nobreza, foi um bom rei que reduziu impostos para aliviar os camponeses e os pobres e aderiu à principal corrente da religião Zoroastriana, que haviam custado a Kavad I o trono e sua liberdade. Seu reino logo terminou quando Kavad I, que havia fugido em 498, recebendo abrigo do rei Huno, à frente de um enorme exército, retornou à capital do Império e tomou o trono.
A segunda era dourada começou com o segundo reinado de Kavad I. Com o apoio dos Hunos Brancos, Kavad I lançou uma campanha contra os romanos, conquistando Theodosiopolis (extremo leste da Turquia moderna), na Armênia, em 502 embora logo perdendo-a novamente. Em 503 ele tomou Amida, na margem direita do Tigre, hoje pertencendo à moderna Turquia. Em 504, uma invasão da Armênia pelos hunos ocidentais do Cáucaso, conduziu a um armistício, ao retorno de Amida ao controle romano e a um tratado de paz em 506. Em 521/522, Kavad perdeu o controle de Lazica (hoje região do oeste da moderna Georgia, margens do Mar Negro), cujos monarcas se aliaram aos romanos; uma tentativa dos ibéricos, em 524/525, para agir da mesma forma, desencadeou uma guerra entre Roma e a Pérsia. Em 527 uma ofensiva romana contra Nisibis foi repelida e os esforços romanos de fortificar posições próximo às fronteiras foi frustrada. Em 530 Kavad I enviou um exército para atacar Dara, importante cidade de fronteira romana ao leste, com os romanos derrotados na Batalha de Dara. Várias batalhas foram travadas nessas chamadas Guerras Ibéricas, com vitorias e derrotas de ambos os lados até que, em 532, uma paz “eterna” foi celebrada. Embora sem poder se livrar dos laços com os Hunos, Kavad I restaurou a ordem no interior e lutou com geral sucesso contra os romanos orientais, fundou várias cidades, algumas com seu nome e iniciou a regulação dos impostos e a administração interna. 
Khosrau I, o mais celebrado
monarca sassânida
Após Kavad I, reinou seu filho Khosrau I (também conhecido por Anushirvan) de 531 a 579, o mais celebrado dos monarcas sassânidas. Khosrau I ficou famoso por suas reformas no corpo governante dos anciãos sassânidas, pela introdução de um racional sistema de impostos iniciado por seu pai e por suas tentativas em aumentar a riqueza e as receitas de seu império. Desenvolveu uma nova força de cavalheiros pagos e equipados pelo governo e burocracia centrais, ligando o exército e a burocracia ainda mais proximamente do governo central do que aos lordes locais. Em 540, Khosrau I quebrou o tratado de paz invadindo a Síria, saqueando a Antióquia e arrebatando grandes somas de dinheiro de um grande número de cidades. Nos anos que se seguiram, obteve outros sucessos, interrompidos em 545 por uma trégua que foi novamente interrompida em 547; a guerra reiniciou, confinada à posse de Lazica que ficou com os bizantinos quando a paz foi concluída em 562.
Revoltas na Armênia provocaram, em 571, o massacre do governador persa e sua guarda, do que se aproveitou o imperador romano Justiniano II para interromper os pagamentos anuais a Khosrau I para a defesa dos passes do Cáucaso. As guerras recomeçaram fazendo com que Justiniano II concordasse a reiniciar os pagamentos anuais em troca de uma trégua de cinco anos na frente mesopotâmica, embora a continuação da guerra em outros locais. Em 576 Khosrau I liderou sua última campanha, uma ofensiva na Anatólia que acabou em desastre: os persas sofreram pesadas perdas em sua fuga através do Eufrates sob ataque bizantino. Aproveitando a desorganização persa, os bizantinos penetraram profundamente no território de Khosrau I, mesmo pelo Mar Cáspio. Khosrau implorou por paz, mas decidiu continuar a luta na Armênia e na Mesopotâmia. A revolta armênia chegou a um fim com uma anistia geral e o retorno da Armênia ao Império Sassânida.
Hormizd IV (579 a 590) assumiu o trono após Khosrau I. A guerra com os bizantinos prosseguiu furiosa, mas de forma inconclusiva, até que o general Bahram Chobin, dispensado e humilhado por Hormizd IV, revoltou-se em 589. No ano seguinte ele foi derrubado do palácio por um golpe e seu filho Khosrau II (590 a 628) colocado em seu lugar. Tal mudança não aplacou Bahram que derrotou Khosrau II, forçando-o a fugir para território bizantino e tomando o trono como Bahram VI. Khosrau II pediu apoio contra Bahram VI ao imperador bizantino Mauricio, oferecendo em troca o Cáucaso Ocidental aos bizantinos. Para reforçar a aliança, Khosrau II casou com Miriam, filha de Mauricio. Sob o comando de Khosrau II, com o auxílio de forças e generais romanos, a força combinada bizantino-persa derrotou Bahram na Batalha de Blarathon, em 591. Cumprindo o acordo, Khosrau II cedeu o controle da Armênia ocidental e da Ibéria caucasiana. O novo arranjo de paz permitiu aos dois impérios focar em questões militares em outros locais: Khosrau II expandiu as fronteiras orientais do Império Sassânida enquanto Mauricio restaurou o controle bizantino dos Balcãs.
Khosrau II o restaurador dos
Territórios aquemênidas
Quando Mauricio foi derrubado e morto por Phocas, em 602, Khosrau II usou o assassinato de seu benfeitor como pretexto para começar uma nova invasão que se beneficiou da guerra civil contínua no Império Bizantino, encontrando pouca resistência efetiva. Os generais de Khosrau II atacaram as fortificadas cidades da Mesopotâmia e Armênia bizantinas, lançando as fundações de uma expansão sem precedentes, aniquilando a Síria e capturando a Antióquia em 611. Em 613 os generais persas derrotaram um decisivo contra-ataque liderado pelo próprio imperador bizantino Heraclius. Depois disso, o avanço persa prosseguiu incontrolável: Jerusalém caiu em 614, Alexandria em 619 e o resto do Egito em 621. O sonho sassânida de restaurar as fronteiras aquemênidas estava quase completo, enquanto o Império Bizantino se achava à beira do colapso. Este notável pico de expansão foi acompanhado pelo florescer da arte, música e arquitetura persas.
Embora bem-sucedida num primeiro estágio (de 602 a 622), a campanha de Khosrau II havia exaurido a riqueza e o exército persas; E num esforço para reconstruir as finanças nacionais, Khosrau II sobretaxou a população. Enquanto seu império se achava à beira da derrocada, o Império Bizantino preparava uma imensa contraofensiva e partia para uma série de vitórias contra as forças persas. Como resposta, Khosrau II, em coordenação com nômades eurasianos e eslavos, lançou o cerco à capital bizantina de Constantinopla em 626. Os sassânidas atacaram a cidade pelo lado oriental do Bósforo enquanto seus aliados invadiam o lado ocidental. A frota bizantina conseguiu impedir o transporte dos persas através do Bósforo e o cerco acabou fracassando. Em contrapartida, os persas sofreram ataques dos romanos em 627-628, quando desceram o Tigre devastando o país e saqueando o palácio de Khosrau II em Dastagerd; somente não atacaram Ctesifonte por causa da destruição de pontes pelos persas, mas sofreram mais ataques no noroeste do Irã. O impacto das vitórias de Heraclius e a devastação das mais ricas terras do Império Sassânida acabaram por minar o prestígio de Khosrau II e seu apoio junto a aristocracia persa. No início de 628 ele foi destronado e assassinado por seu filho Kavad II que, imediatamente, trouxe um fim à guerra, concordando em retirar-se de todos os territórios ocupados, incluindo Jerusalém.
Kavad II morreu em dois meses, seguindo-se o caos e a guerra civil. Em um período de quatro anos - e cinco diferentes reis, incluindo duas filhas de Khosrau II e o comandante militar Shahrbaraz -, o Império Sassânida enfraqueceu consideravelmente, com o poder da autoridade central passando pelas mãos dos generais, sem tempo para a recuperação do Império.
No início de 632, Yazdegerd III, um neto de Khosrau I que se refugiara em Estakhr (cidade do sul do Irã, província de Fars, 5 km ao norte de Persépolis), assumiu o trono. Nos mesmo ano, os primeiros ataques das tribos árabes, então unidas pelo Islamismo, chegaram ao território Persa. Yazdegerd III era ainda um menino a mercê de seus conselheiros e incapaz de unir um vasto país repartido em pequenos reinos feudais, as guerras contra o Império Bizantino haviam exaurido o Império Sassânida que sofria uma enorme declínio econômico, pesados impostos e agitação religiosa e foi impossível conter a conquista islâmica da Pérsia, mesmo sem sofrer o assédio dos romanos que também eram invadidos pelos muçulmanos, que foram tomando conta, paulatinamente, de todo o Irã. A abrupta queda do Império Sassânida foi completada em um período de cinco anos com a maioria do seu território absorvida pelo califado Islâmico, embora muitas cidades iranianas tenham lutado muitas vezes contra os invasores. Yazdegerd III, acompanhado de nobres persas fugia para as províncias mais orientais quando foi assassinado por um moleiro em 651. Muitos de seus nobres se estabeleceram na Ásia Central onde contribuíram grandemente para a difusão da cultura e língua persa e para o estabelecimento da primeira dinastia iraniana islâmica nativa, a dinastia Samânida, que buscou reviver as tradições sassânidas. A população persa, inicialmente sob pequena pressão para converter-se ao islamismo, foi gradualmente se convertendo, principalmente porque as elites de língua persa tentavam ganhar posições de prestígio bem mais tarde sob o Califado Abássida.
A Era Sassânida, abarcando todo o período da Antiguidade Final, é considerado um dos mais importantes e influentes períodos históricos do Irã, com um importante impacto mundial. De várias maneiras, o período sassânida testemunhou as maiores conquistas da civilização persa e constituiu o último grande Império Iraniano antes da adoção do islamismo. A Pérsia influenciou consideravelmente a civilização romana durante a Era Sassânida, com sua influência cultural se estendendo muito além das fronteiras territoriais do império, alcançando a Europa Ocidental, África, China e Índia, bem como representando um importante papel na formação da arte medieval europeia e asiática, prosseguindo no mundo muçulmano. A cultura única e aristocrática da dinastia transformou a conquista e destruição muçulmana do Irã, num renascimento persa. Muito do que mais tarde tornou-se conhecido como cultura, arquitetura, escrita e outras contribuições islâmicas para a civilização, foram obtidas dos persas sassânidas no mais amplo mundo muçulmano.
Sobre a conquista islâmica da Pérsia, remeto os meus leitores ao meu blog, à postagem intitulada “Uma Pequena História dos Árabes Muçulmanos”, em sete partes, que a inclui, para evitar a repetição do mesmo assunto. Da mesma forma, para o significado de termos árabes que não serão reexplicados aqui, remetemos nossos leitores àquela postagem.

IV – IRÃ MEDIEVAL

IV.1 – ERA DO CALIFADO E DO SULTANATO

IV.1.1 – O CALIFADO OMÍADA E SUAS INCURSÕES NA COSTA DO MAR CÁSPIO

Após a queda do Império Sassânida em 651, os árabes do Califado Omíada adotaram muitos costumes persas, especialmente os padrões administrativos e da corte. Os governadores provinciais árabes eram, evidentemente, ou arameus[1] persificados ou persas étnicos; certamente a língua persa permaneceu para os negócios oficiais do califado até a adoção do árabe pelo fim do século VII, quando em 692 a cunhagem iniciou na capital, Damasco. As novas moedas islâmicas evoluíram de imitações das moedas sassânidas (bem como bizantinas) quando a escrita Pahlavi (forma particular e exclusivamente escrita de várias línguas do Iraniano Médio) na cunhagem foi substituída pelo alfabeto arábico.
Durante o califado Omíada, os conquistadores árabes impuseram a arábica como a língua básica dos povos súditos por todo o império. Al-Hajjaj ibn Yusuf[2], descontente com a prevalência da língua persa no divan (alto corpo governamental em vários estados islâmicos ou seu principal funcionário), ordenou que a língua oficial das terras conquistadas fosse substituída pela arábica, algumas vezes à força.
Há muitos historiadores que vêm a regra dos omíadas no estabelecimento do “dhimmah” (uma espécie de obrigação) como uma tentativa de aumentar as taxas impostas aos cidadãos não muçulmanos, num estado islâmico, para beneficiar a comunidade árabe muçulmana financeiramente e pelo desencorajamento à conversão. Os governadores se queixavam ao califa quando ele promulgava leis que tornavam a conversão mais simples, assim privando as províncias de cobrança impostos. Quando no século VII, muitos não árabes, como persas, convertiam-se ao Islamismo, eram reconhecidos como “clientes” e tratados como cidadãos de segunda classe pela elite árabe mandante, até o final do Califado Omíada. Durante essa era, o Islamismo foi inicialmente associado com a identidade étnica do árabe e exigia uma associação formal com uma tribo árabe e a adoção do status de cliente (mawali, muçulmano não árabe).
Contudo, nem todo o Irã estava ainda sob o controle árabe, com várias regiões ainda sob controles iranianos locais; tais regiões haviam sido invadidas pelos árabes sem resultados decisivos pela inacessibilidade dos seus terrenos.
Com a morte do califa omíada Hisham ibn Abd al-Malik, em 743, o mundo islâmico entrou em uma guerra civil. O general persa convertido Abu Muslim foi enviado ao Khorasan pelo califado Abássida, inicialmente, como um propagandista e então para fazer a revolta em seu nome. Ele tomou Merv derrotando seu governador omíada Nasr ibn Sayyar, tornando-se o governador abássida, de fato, do Khorasan. Durante o mesmo período, o governador persa do Tabaristão e partes do Khorasan oeste, Khurshid, da dinastia Dabuyid, declarou sua independência dos omíadas, mas logo foi forçado a reconhecer a autoridade abássida. Em 750, Abu Muslim tornou-se o líder do exército abássida e derrotou os omíadas na Batalha de Zab, atormentando Damasco, a capital do Califado Omíada, ao final do mesmo ano.

IV.1.2 – O CALIFADO ABÁSSIDA E OS GOVERNOS IRANIANOS SEMI-INDEPENDENTES

O exército abássida consistia, principalmente, de khorasanianos e era conduzido pelo general Abu Muslim Khorasani, congregando elementos árabes e iranianos, com apoio também de ambos. Os abássidas depuseram os omíadas em 750, com a revolução abássida definitivamente marcando o fim do império árabe e o início de um Estado mais inclusivo e multiétnico no Oriente Médio.
Uma das primeiras alterações por eles realizadas após a tomada do poder, foi a mudança da capital do império de Damasco, no Levante, para o Iraque, região influenciada pela história e cultura persa, parte da demanda persa mawali, por influência árabe no império. A cidade de Bagdá foi construída no rio Tigre, no ano 762, para servir de nova capital do Império Abássida.
Os abássidas criaram a posição de vizir (vice califa ou segundo em comando, mas também espécie de consultor político de alto nível ou ministro), como os Bartmakids (influente família iraniana) em sua administração. Essa mudança fez com que muitos califas dos abássidas terminassem com um papel muito mais cerimonial do que antes, deixando aos vizires o poder real. Uma nova burocracia persa começou a substituir a antiga aristocracia árabe, com toda a administração refletindo tais mudanças e demonstrando que a nova dinastia era diferente dos omíadas de várias formas.
Pelo século IX, o controle abássida começou a declinar porque os líderes regionais se abalaram aos cantos mais remotos do império desafiando a autoridade central do Califado Abássida, que começou a recrutar os mamelucos, que se haviam movido da Ásia Central para a Transoxiana, como escravos guerreiros, no início do século IX. Com isso, logo em seguida o poder dos califas abássidas caiu a tal ponto que eles se tornaram apenas títeres religiosos enquanto os mamelucos realmente governavam.
Com a diminuição do poder abássida, uma série de dinastias surgiu em várias partes do Irã, algumas com considerável influência e poder. Entre as mais importantes dessas dinastias sobrepostas, estava a dos Tairidas, no Khorasan (821-873), a dos Safáridas, no Sistão[3] (861-1003, seu governo durou como maliks, do Sistão, até 1537), e os Samânidas (819-1005), originalmente em Bukhara[4]. Os Samânidas acabaram por governar uma área que ia do Irã Central ao Paquistão.
Pelo início do século X, os abássidas quase perderam o controle para a crescente facção persa conhecida como Dinastia Buyida (934-1062). Dado que muito da administração abássida tinha mesmo sido persa, os buyidas puderam, muito calmamente, tomar o poder real em Bagdá. Entretanto, os buyidas foram derrotados no meio do século XI pelos Turcos Seljúcidas[5], que continuaram a exercer influência sobre os abássidas, enquanto publicamente hipotecavam fidelidade a eles. O equilíbrio de poder em Bagdá permaneceu assim – com os abássidas no poder, apenas no nome – até que a invasão mongol de 1258 saqueou a cidade e definitivamente encerrou a dinastia abássida.
Durante o período abássida uma alforria foi experimentada pelos mawali e uma mudança foi feita na concepção política, de um império primariamente árabe (etnia), para um império muçulmano (religião); cerca de 930, uma exigência foi decretada para que todos os burocratas do império fossem muçulmanos.


[1] Os arameus (ou arameanos) eram um povo semita que viveu em Aram (região da atual Síria) e também na Mesopotâmia. A palavra vem do Aram bíblico, filho de Sem e neto de Noé, considerado pai da antiga civilização dos Arameanos, que falavam o Aramaico.
[2] Abū Muhammad al-Ḥajjāj ibn Yūsuf ibn al-Ḥakam ibn ʿAqīl al-Thaqafī‎‎ (661–714), abreviadamente conhecido por al-Hajjaj ibn Yusuf, foi talvez o mais notável governador que serviu ao Califado Omíada. Estadista extremamente capaz, embora cruel, rígido no caráter, mas também um governante duro e exigente, foi muito temido por seus contemporâneos e tornou-se uma figura profundamente controversa bem como objeto de profunda inimizade por parte de escritores posteriores pró-abássida, que lhe atribuíram perseguições e execuções em massa.
[3] O Sistão é uma região histórica e geográfica que, nos dias atuais, incluiria o Irã Oriental, o sul do Afeganistão (Nimruz e Kandahar) e o Paquistão Ocidental.
[4] Hoje uma cidade museu do Uzbequistão.
[5] Os turcos seljúcidas ou Dinastia Seljúcida, conforme já falamos em nossa postagem sobre os Árabes Muçulmanos, foi uma dinastia muçulmana sunita (o maior ramo do Islamismo) de turcos Oghuz (da Ásia Central, de língua oghuz) que, gradualmente, tornou-se uma sociedade persa na Ásia Central e Ocidental medieval. Os seljúcidas estabeleceram o Império Seljúcida e o Sultanato de Rum que, em seu ápice, estendeu-se da Anatólia por todo o Irã.

A postagem prossegue com a PARTE 7

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