Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA DOS REIS DA INGLATERRA A PARTIR DE 1066 (PARTE 13 - ÚLTIMA)

GEORGE V – (1910-1936)
George V

George V nasceu em 3 de junho de 1865, Segundo filho de Edward VII e Alexandra. Sua educação básica foi algo insignificante se comparada à do herdeiro legítimo, seu irmão mais velho Albert. George escolheu a carreira de oficial da marinha, que serviu com competência até a morte de Albert, em 1892, com a qual assumiu o papel de herdeiro legítimo. Casou-se com Mary de Teck em 1893, que lhe deu quatro filhos e uma filha.
George subiu ao trono no meio da controvérsia do orçamento de 1910. Tories, na Casa dos Lordes, estavam em desacordo com os Liberais, na Casa dos Comuns, pressionando por reformas sociais. Quando George concordou em criar pares suficientes para aprovar a medida, os Lordes capitularam e desistiram do poder de veto absoluto, oficialmente resolvendo o problema com a aprovação da Lei do Parlamento, em 1911.
A criação da Royal Flying Corps (RFC), em abril de 1912, refletiu o reconhecimento britânico da crescente importância da aviação militar. Em 1918, a RFC foi unida à Royal Naval Air Service para formar a Royal Air Force (RAF).
Nessa época, o transatlântico ‘Titanic’, da White Star, era o maior navio no mundo, à época do seu lançamento. Seus construtores e proprietários clamavam que nada afundaria o navio, mas em sua viagem inaugural, de Southampton para New York, ele colidiu com um iceberg, afundando em horas, com perda de 1.503 vidas.
Em junho de 1914, o herdeiro do trono Austro-Húngaro, Arquiduque Franz Ferdinand, foi assassinado por Gavrilo Princip, um terrorista bosnio-servo, em Sarajevo. O governo Austro-Húngaro culpou a Servia, usando o assassinato como pretexto para a guerra. Para a maioria dos bretões, este foi um evento remoto e insignificante, mas o conflito cresceu fortemente, arrastando as “Grandes Potências” e resultando na explosão da Primeira Guerra Mundial.
Em agosto de 1914, a Rússia, aliada da Servia mobilizou seu exército. A Alemanha, aliada do império Austro-Húngaro, declarou Guerra à Rússia. Mas a aliança da França com a Rússia ameaçou a Alemanha em duas frentes e ela agiu rapidamente, invadindo a neutra Bélgica. A Bretanha, garantidora da neutralidade belga, exigiu o recuo da Alemanha, que expirou em 4 de agosto, com a sua imediata declaração de guerra. Durante a guerra, George e Mary fizeram várias visitas ao fronte e numa delas o cavalo de George rolou sobre ele, fraturando-lhe o pélvis e deixando-o com fortes dores para o resto da sua vida.
Buscando a rendição da Inglaterra, em fevereiro de 1916 os alemães declaram guerra irrestrita, por seus submarinos, a navios mercantes de todas as nacionalidades; falharam em seus objetivos e apressaram a entrada dos EUA na guerra, em abril de 1917. Nessa mesma época, sentimentos antialemães fizeram George adotar o nome de família "Windsor" (do castelo de mesmo nome), criando a famosa Casa de Windsor, que reina até hoje na figura de Elizabeth II.
Em fevereiro de 1917, o Czar Nicholas II da Rússia foi forçado a abdicar após sérios reveses na guerra contra a Alemanha. Um governo provisório, de liberais e moderados, foi estabelecido, mas também falhou no campo de batalha e foi derrubado por um golpe cuidadosamente planejado pelos bolchevistas, que prometeram ‘paz pão e terras’ ao povo russo esgotado pela guerra. Em novembro do mesmo ano, inspirado pelos escritos de Karl Marx, os bolchevistas estabeleceram um governo baseado no 'soviet' (conselho de governo), afastando-se da Guerra em março de 1918, em termos humilhantes, pelo tratado de Brest-Litovsk, com Alemanha, Império Austro-Húngaro e Império Otomano. Na busca, a qualquer preço, da paz prometida pelo líder bolchevista Vladimir Lenin, a Rússia perdeu enormes faixas de território, com um terço da sua população, 50% da sua indústria e 90% de suas minas de carvão. A oposição ao Tratado ajudou a incendiar a Guerra civil russa, que durou até 1922.
Em 11 de novembro de 1918, sob termos muito onerosos, finalmente a Alemanha capitulou, assim encerrando-se a Primeira Grande Guerra com a vitória da Inglaterra e seus aliados.
A relação entre a Inglaterra e o resto do Império sofreu várias alterações. Em 1918, após o levante de Sinn Féin(1) , em 1916, foi estabelecido um Parlamento irlandês independente e o Ato do Governo da Irlanda, de 1920, dividiu a Irlanda ao longo de linhas religiosas. Em abril de 1925, em seu primeiro orçamento como Ministro das Finanças, Winston Churchill reconduziu a Bretanha ao seu sistema monetário pré 1914, pelo qual a moeda inglesa era fixada a um preço que refletia as reservas em ouro do país. O ato resultou em deflação maciça e supervalorização da Libra. Em outubro de 1926, a Imperial Conference, em Londres, reconheceu legalmente que os domínios do Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, eram autônomos e iguais em status, uma decisão mais tarde confirmada pelo Estatuto de Westminster, de 1931, que criou o British Commonwealth of Nations (Comunidade das Nações Britânicas).
Em 1922, um grupo de fabricantes de rádios, incluindo o pioneiro Guglielmo Marconi, estabeleceram a British Broadcasting Company. Em 1927 a companhia obteve uma carta patente, tornando-se a British Broadcasting Corporation (BBC), presidida por John Reith, com a missão de melhorar a Bretanha através da radiodifusão, instruindo a corporação com a famosa frase 'informar, educar e entreter'.
A Quinta Lei da Reforma de maio de 1928, proposta pelo governo Conservador, alterou a Representação da "Lei do Povo" de 1918, que havia concedido emancipação às mulheres com mais de 30 anos, com propriedade. A nova lei deu a todas as mulheres os mesmos direitos dos homens: voto a todas maiores de 21 anos.
Enquanto trabalhava no St Mary's Hospital, em Paddington, Londres, Alexander Fleming percebeu que o mofo que crescia num prato, impediu o desenvolvimento da bactérias. Howard Florey e Ernst Chain desenvolveram a penicilina posteriormente de forma que pudesse ser usada como remédio, mas apenas com a Segunda Guerra Mundial ela começou a ser produzida em massa.
A depressão mundial de 1929 a 1931 afetou profundamente a Inglaterra, levando o rei a persuadir os líderes dos partidos Conservador, Liberal e Trabalhista, a se unirem numa coalizão governamental. Ao final da década de 1920, George e os Windsors eram uma das poucas famílias reais que mantinham seu status na Europa. Em 1935, a Índia recebeu alguma autodeterminação através da Lei da Índia.
A natureza da monarquia evoluiu pela influência de George. Em contraste com à sua avó Victoria e seu pai Edward VII, a perspectiva real de George foi bem mais humilde. Ele esforçou-se em personificar as qualidades que a nação via como suas forças maiores: atividade, dignidade e dever. A monarquia passou de uma instituição de legalidade constitucional a baluarte dos valores e costumes tradicionais, particularmente os relativos à família.
George morreu após seu Jubileu de Prata (25 anos de reinado), após uma série de ataques de bronquite, em 20 de janeiro de 1936, sendo substituído por seu filho Edward.

EDWARD VIII – (1936)
Edward VIII, o rei que abdicou

Edward VIII, filho mais velho de George V e Mary de Teck, nasceu em 23 de junho de 1894. Casou-se com uma americana divorciada, Wallis Simpson, após abdicar ao trono, após escassos onze meses de reinado. O casal não teve filhos.
Rumores relativos à ligação entre Edward e Mrs. Simpson circulavam antes da morte de George V. A situação chegou à beira de uma crise constitucional com a sua ascensão: a Igreja da Inglaterra (a mesma de Henry VIII), da qual era o líder, censurava o divórcio, o Parlamento recusou qualquer título a Wallis, o povo opôs-se a ter uma mulher duas vezes divorciada como consorte do rei e a lei inglesa não possuía precedente para uma esposa de rei sem título ou capacidade oficial. O Primeiro Ministro Stanley Baldwin avisou-lhe que o povo britânico não a aceitaria. Se Edward insistisse na questão, a monarquia constitucional seria irrevogavelmente ferida. Na iminência de perder a mulher que amava, Edward preferiu abdicar, transmitindo sua decisão à nação em 11 de dezembro de 1936. Casou-se com Wallace Simpson, na França, em junho de 1937, tornando-se Duque e Duquesa de Windsor. Baldwin recebeu o crédito de ter evitado uma crise constitucional que poderia ter acabado com a monarquia.
Edward era imensamente popular quando assumiu o trono; sua viúva, a duquesa de Windsor lamentou sua abdicação após a sua morte, em 1972: “Ele teria sido um grande rei; o povo o amava!”

GEORGE VI – (1936 – 1952)
George VI, do Reino Unido

O irmão mais novo de Edward VIII, o Duque de York, foi coroado George VI. Nascido em 14 de Dezembro de 1895, George era o Segundo filho de George V e Mary de Teck. Era um jovem tímido e modesto que muito admirava seu irmão Edward, Príncipe de Gales. Da infância aos trinta anos, George muito sofreu pela gagueira em seus discursos, o que exacerbava sua timidez; Lionel Logue, um fonoaudiólogo australiano, teve um papel fundamental na ajuda a George para vencer a gagueira.
George casou-se com Elizabeth Bowes-Lyon em 1923, que lhe deu duas filhas, Elizabeth e Margaret. Ele e sua esposa, rainha Elizabeth (posteriormente a rainha mãe), tornaram-se figuras inspiradoras para a Bretanha, durante a segunda guerra mundial. O monarca visitou seus exércitos em diversas frentes de batalha e fundou a Cruz de George para ‘atos de grande heroísmo ou da mais notável coragem em circunstâncias de extremo perigo’.
Em 1o de setembro as forças alemãs invadiram a Polônia. O Primeiro Ministro Neville Chamberlain ainda evitou declarar Guerra à Alemanha, mas uma ameaçadora revolta no gabinete e um forte sentimento público de que Hitler tinha que ser confrontado, forçaram-no a honrar o tratado anglo-polonês. Após vários anos de políticas de apaziguamento, a Grã Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha em 3 de setembro de 1939, pela segunda vez em 25 anos.
George, seguindo os passos de seu pai, visitou as tropas, fábricas de munições, docas de abastecimento e áreas atingidas por bombas, em apoio aos esforços de guerra. Embora os bombardeios nazistas a Londres, a família real permaneceu no Palácio de Buckingham. George chegou ao ponto de praticar tiro ao alvo com seu revolver, jurando defender o Palácio até a morte, o que nunca foi necessário. Todas essas ações, durante os anos de Guerra, muito somaram ao prestígio da monarquia.
No início de maio de 1940, o Primeiro Ministro Neville Chamberlain havia perdido a confiança na Casa dos Comuns. Os ministros trabalhistas recusaram servir numa coalizão nacional tendo Chamberlain como líder e ele resignou. Churchill tornou-se o Primeiro Ministro de coalizão em 10 de maio, mesmo dia em que a Alemanha invadiu a Holanda e a Bélgica.
Sir Winston Churchill,
Primeiro Ministro da Guerra
Em 26 de maio de 1940, 338.000 soldados ingleses e franceses foram evacuados na épica retirada de Dunkirk, de que participaram destroieres e centenas de pequenas embarcações voluntárias. Em 25 de junho de 1940 a França capitulou.
Os EUA entraram na Guerra com os aliados, em dezembro de 1941, após o ataque japonês a Pearl Harbor e a subsequente declaração de guerra alemã aos Estados Unidos. Milhões de homens e milhares de aviões foram despachados para a Bretanha, que tornou-se a base para pilotos americanos bombardearem a Europa, uma plataforma para tropas americanas lutarem no norte da África e, crucialmente, o ponto de lançamento para as invasões do “Dia D”, início da libertação da Europa Ocidental.
Em 6 de junho de 1944, as forças aliadas invadiram a Normandia no “Dia D”, no maior ataque anfíbio da história, com 150.000 homens nas praias da Normandia no primeiro dia, numa ação combinada de centenas de navios e total superioridade aérea. Ao final do “Dia D”, cinco cabeças de praia haviam sido tomadas e os aliados finalmente tinham um pé na França.
Hitler suicidou-se em 30 de abril de 1945, quando as forças soviéticas de aproximavam do “bunker” de Berlim, e o grande almirante alemão, Karl Dönitz, rendia-se ao general aliado Dwight Eisenhower em 7 de maio do mesmo ano. No dia seguinte a Bretanha celebrou o fim da guerra com o dia da vitória na Europa. Em 15 de agosto de 1945, o dia da vitória sobre o Japão marca o fim da Segunda Guerra Mundial.
Na Conferência de Yalta, início de 1945, os “Três Grandes”, Winston Churchill, da Bretanha, Presidente Franklin D. Roosevelt dos EUA e o líder soviético Joseph Stalin, concordaram em estabelecer uma nova organização global – as Nações Unidas (ONU), oficialmente entrando em atividade em 24 de outubro, com a Bretanha como um dos cinco membros do seu “Conselho de Segurança”, com poder de veto.
Em 23 de outubro de 1951 o governo trabalhista caiu, com os conservadores obtendo uma clara maioria. Singularmente, Winston Churchill tornou-se Primeiro Ministro novamente com a idade de 76 anos, focando seu governo nas relações exteriores, incluindo a redução da escalada das tensões da Guerra Fria e mantendo um especial relacionamento com os EUA.
George, desde o início de 1941, predissera as privações do fim da Segunda Guerra Mundial. De 1945 a 1950, a Grã Bretanha passou por marcadas transições. O Banco da Inglaterra, bem como muitas facetas da indústria, transporte, produção de energia e saúde, passaram a ter algum grau de propriedade pública. As dores do parto do estatismo e a mudança do Império para uma Comunidade multirracial, perturbaram o nervoso rei, deixando-o física e emocionalmente drenado à época de sua morte. O “esbelto e calmo homem de olhos cansados” tivera um reinado conturbado, mas havia feito o possível para deixar a monarquia em melhores condições do que a havia encontrado. George morreu de câncer em 6 de fevereiro de 1952.

ELIZABETH II – (1952 ATÉ O PRESENTE)
Elizabeth II e o Duque de
Edinburgh, na Coroação

Elizabeth II é, atualmente, a rainha da Inglaterra, a rainha da geração atual, da minha geração. É, portanto, a rainha da época em que vivemos, da época que vivenciamos. Ainda lembro da época em que ela ascendeu ao trono, na flor dos meus oito anos. Por esta razão, e até para não ser monótono, não daremos maiores detalhes do seu reinado, mas apenas as generalidades que dizem respeito à própria monarca.
Elizabeth II, nascida em 21 de abril de 1926, era a filha mais velha de George VI e Elizabeth Bowes-Lyon. Casou-se com Philip Mountbatten, um primo distante, em 1947; o casal tem 4 filhos: Charles, príncipe de Gales, Anne, Andrew e Edward. Ela já reina por sessenta e um anos e tudo indica que ainda permanecerá no trono por um bom tempo.
A monarquia, como instituição na Europa, quase desapareceu durante as duas guerras mundiais: escassos dez reis permanecem hoje, sete dos quais possuem família ligada à Inglaterra. Elizabeth é, de longe, a mais conhecida e mais viajada chefe de estado no mundo. Ela aprova a transformação de império para Comunidade, descrevendo a troca como “uma metamorfose benéfica e civilizada”. A indivisibilidade da Coroa foi formalmente abandonada, por estatuto, em 1953 e, “Líder da Comunidade”, foi adicionada à longa lista de títulos reais que ela possui.
As viagens de Elizabeth renderam-lhe a lisonja de seus súditos; ela é saudada com honesto entusiasmo e calorosa estima em cada visita ao exterior. Tem sido o elo principal de uma cadeia forjada entre os vários países da Comunidade. A monarquia, bem como o Império, evoluiu - o que era antes a imagem do poder absoluto é agora um símbolo de fraternidade.
Elizabeth tem trabalhado muito para manter uma clara divisão entre seu público e sua vida privada. Foi a primeira monarca a enviar seus filhos a internatos, a fim de removê-los da mídia indiscreta. Ela possui um forte senso de dever e zelo, despachando suas obrigações reais com grande eficiência e dignidade. Seu conhecimento das situações e tendências atuais é singularmente atual, muitas vezes criando embaraço em seus Primeiros Ministros. Harold Wilson, ao aposentar-se, observou: "Certamente aconselharei meu sucessor a fazer seu dever de casa antes da audiência". Churchill, que serviu a quatro reis, era impressionado e encantado por seu conhecimento e juízo. Ela possui um senso de humor raramente exibido onde uma presença digna é o objetivo.
Elizabeth II, a "velha" rainha do
Reino Unido e Commonwealth
Elizabeth, como seu pai antes dela, elevou o caráter da monarquia através de suas ações. Infelizmente, as ações de seus filhos têm desdourado o seu nome real. Os divórcios públicos de Charles e Diana e Andrew e Sarah Ferguson, foram seguidos por indiscrições adicionais dos príncipes, levando uma população sobrecarregada por impostos, a repensar a necessidade de uma monarquia. Talvez Elizabeth não venha a reinar tanto quanto Victoria, mas seu reinado, excepcionalmente longo, já deixou uma brilhante marca na vida do seu país.
E com esta postagem marcamos o fim desta longa publicação, considerando cumprida nossa proposta de relatar a "HISTÓRIA DOS REIS DA INGLATERRA A PARTIR DE 1066", uma história das pessoas que, de uma forma ou de outra, em suas respectivas épocas, lograram atenuar as tensões entre o estado, a sociedade e a igreja, entre os povos nativos, invasores ou convidados, de forma a forjar, por séculos de conflitos entremeados por períodos de paz, o maior império que o mundo jamais viu.


(1) Sinn Féin (em português “Nós Mesmos”) era o nome de partido político irlandês fundado em 1905 por Arthur Griffith, que deu foco ao nacionalismo e republicanismo irlandês, em várias formas. De fato, o Sinn Féin não esteve envolvido no fracassado “Levante da Páscoa”, durante a semana da Páscoa de 1916, a despeito da culpa que lhe imputou o governo inglês. Os líderes do levante buscavam mais do que a proposta do partido de uma separação mais forte do que um governo nacional sob uma monarquia dupla.


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