Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A GUERRA DA CRIMEIA - INÍCIO DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA? (PRIMEIRA PARTE)



INTRODUÇÃO


Entre outros, estou lendo no momento, um livro que adquiri em novembro de 2010, quando em visita à minha filha “australiana”, para o nascimento do seu quarto filhote, o Alec. O livro chama-se “The Greatest Lies in History” (As maiores Mentiras da História, em português) e foi escrito pelo escritor australiano Alexander Canduci. O nome do livro é, por si só, bastante ilustrativo, com o autor desmistificando o que, segundo ele, seriam as maiores mentiras consagradas pela história. Eu lia sobre as origens da Primeira Guerra Mundial e, sem entrar no mérito do que escreve o autor sobre tal fato, deparei-me com a chamada “Guerra da Crimeia”, sobre a qual já tinha ouvido falar, mas da qual não conhecia detalhe algum. Atiçada a minha curiosidade sobre a relação desta guerra com a Primeira Grande Guerra, fui realizar uma pequena pesquisa sobre assunto e os resultados obtidos estão colocados nesta minha postagem, que remeto aos meus poucos leitores, esperando que a usufruam, da mesma forma que apreciei adquirir os novos conhecimentos.
Aprendi, há muito tempo atrás que, em sua grande maioria, os meus professores de história foram maus professores, por se fixarem em detalhes sem importância para o entendimento da matéria, ao invés de se fixarem no que realmente importa para o completo entendimento da História, como causas, consequências e inter-relações dos grandes eventos que a formaram. Datas, formadas por dia, mês e ano, com poucas exceções, são pouco importantes ao conhecimento e entendimento da História, ao passo que os motivos, resultados e relações entre os grandes eventos históricos é que são imprescindíveis para tanto. Para não incorrermos nos mesmos erros desses professores, não vamos apresentar aqui minuciosos detalhes sobre o assunto, mas apenas dar ênfase àquilo que julgamos importante para o entendimento, neste caso, da importância que a Guerra da Crimeia possa ter tido para a eclosão da Primeira Grande Guerra, iniciada cerca de 60 anos depois. 
Essa é a primeira das duas partes que constituem a publicação.


VISÃO GERAL


Mapa moderno da Europa Oriental
A Guerra da Crimeia, travada entre outubro de 1853 e fevereiro de 1856, foi um conflito entre o Império Russo e uma aliança do Império Francês, Império Britânico, Império Otomano e o Reino da Sardenha.
Como essa batalha foi travada numa época em que os países conflitantes possuíam denominações diversas das que possuem modernamente, daremos uma brevíssima explicação sobre a nomenclatura vigente na ocasião.
O Império Russo foi um estado que existiu entre 1721 e a Revolução
Russa de 1917 (Revolução Bolchevista ou Bolchevique).
Império Russo em 1853
Ele sucedeu ao Czarismo Russo e foi antecessor da República Russa
de curta duração, sucedida, por sua vez, pela União Soviética. Um dos maiores impérios da história mundial, o Império Russo foi somente ultrapassado, em volume de terra, pelos Impérios Britânico e Mongol. No início do século XIX, o Império Russo se estendia do Oceano Ártico, no norte, ao Mar Negro, no sul, do Mar Báltico, no oeste, ao Oceano Pacífico e à América do Norte, no leste.
Tzar Nicholas I
Com 125,6 milhões de súditos registrados pelo censo de 1897, possuía a terceira maior população do mundo à época, após a China da Dinastia Quing e o Império Britânico.Como todos os impérios, apresentava uma grande disparidade em termos econômicos, etnicidade e religião. Seu governo, exercido por um Imperador, era uma monarquia absoluta, até a Revolução de 1905, após a qual tornou-se uma monarquia constitucional. Entretanto, o Imperador permaneceu empunhando considerável poder durante o novo regime político até cessão final do império durante a Revolução Bolchevista de fevereiro de 1917.
Imperador Napoleão III
O Segundo Império Francês foi o regime Imperial Bonapartista de Napoleão III, que vigorou entre 1852 e 1870, entre a Segunda e a Terceira República, na França, após a gloriosa Revolução Francesa de 1789, que pretendeu acabar com a monarquia francesa, passou por um Império, por uma república e acabou com a volta do império. O fim do Segundo Império da França aconteceu com a derrota da França para a Prússia em guerra declarada em 15 de julho de 1870; após uma série de derrotas, que culminaram com a Batalha de Sedan, os remanescentes do exército francês e o próprio Napoleão III renderam-se aos prussianos em 1º de setembro do mesmo ano. A Assembleia Nacional foi invadida por uma multidão em 4 de setembro, deputados parisienses formaram um novo governo e o deputado republicano Léon Gambetta oficialmente declarou a queda do Império e o estabelecimento da Terceira República.
Rainha Victoria e Príncipe Albert

Entre 1815 e 1914, um período referido por alguns historiadores como o “Século do Império Britânico, em torno de 26 milhões de quilômetros quadrados de território e grosseiramente 400 milhões de pessoas foram adicionadas ao Segundo Império Britânico. A vitória sobre Napoleão deixou a Grã Bretanha sem qualquer sério rival internacional além da Rússia. Imbatível no mar, a Grã Bretanha adotou o papel de polícia global, um estado de relações posteriormente conhecido como “Pax Britannica” e uma política externa de esplêndido isolamento. O poder do Império Britânico foi sustentado pela invenção do navio a vapor e do telégrafo, modernas tecnologias introduzidas na segunda metade do século XIX, que lhe permitiram controlar e defender o Império.

Sultão Abdülmecid I
O Império Otomano, também historicamente referido como Império Turco ou Turquia, foi um estado fundado por tribos turcas sob Osman Bey, no noroeste da Anatólia, em 1299. Com a conquista de Constantinopla (atual Istambul) por Mehmed II em 1453, o estado Otomano tornou-se um Império, que atingiu o seu clímax em 1590, cobrindo parte da Ásia, Europa e África. O reino da longa dinastia Otomana durou 623 anos, de 27 de julho de 1299 a 1º de novembro de 1922, quando foi abolida a monarquia na Turquia.
O Reino da Sardenha, também conhecido como Piedemonte-Sardenha ou Sardenha-Piedemonte, consistia das possessões da Casa de Savoy de 1720 ou 1723 em diante, como consequência da cessão da coroa da Sardenha ao rei Victor Amadeus II de Savoy, pelo Tratado de Haia (1720).
Rei Victor Emmanuel II
Tal cessão serviu-lhe como compensação da coroa da Sicília para a Áustria e permitiu-lhe reter o título de rei, já que o título de Rei da Sardenha tinha existido desde o século XIV. Além da Sardenha, o Estado de Savoy, à época, incluía Savoy, Piedemonte e Nice; Liguria, incluindo Genoa, foi adicionada pelo Congresso de Viena, em 1815. Durante a maior parte dos séculos XVIII e XIX, a capital política e econômica do reino foi Turim, no Piedemonte, em território italiano. Em 1860, Nice e Savoy foram cedidos à França em retorno ao consentimento e assistência na unificação da Itália. Em 1861, o reino da Sardenha tornou-se o estado fundador do novo Reino da Itália, anexando todos os outros estados italianos.


A Guerra da Crimeia foi parte de uma competição de longo termo, entre as principais potências europeias, para manipular os territórios do decadente Império Otomano. A maior parte do conflito aconteceu na península da Crimeia, então pertencente ao Império Russo que, por isso, leva o seu nome, mas ocorreram campanhas menores na Anatólia ocidental, Cáucaso, Mar Báltico, Oceano Pacífico e o Mar Branco. Na Rússia essa guerra ficou também conhecida como “Guerra Oriental” e na Grã Bretanha foi também chamada de “Guerra Russa”, à época.

TENSÕES ANTES DA BATALHA: “AS QUESTÕES ORIENTAIS”


A DECISÃO DE VIENA 
Muitas guerras foram travadas pela importância de uma região e várias outras lutadas por diferenças religiosas. A Guerra da Crimeia foi o resultado dos dois fatores.
Ao final das Guerras Napoleônicas, em 1815, as Grandes Potências reuniram-se em Viena para restaurar o Sistema de Estados da Europa, um delicado equilíbrio entre as potências maiores e menores que restringisse a agressão dos poderosos e preservasse os direitos dos fracos. Elas esperavam construir uma paz permanente pela supressão de repúblicas revolucionárias e a preservação das monarquias estáveis e ordenadas. A despeito dos alvos e ambições divergentes de Rússia, Prússia, Áustria, Grã Bretanha e França, criaram um compromisso logo após os “Cem Dias de Napoleão” e a Batalha de Waterloo.
Após o Tratado de Viena as Grandes Potências desfrutaram três décadas de paz, período durante o qual as pressões industriais, políticas, econômicas, sociais e nacionalistas foram suprimidas ou reduzidas. Mas, finalmente, o “Sistema de Viena” sucumbiu. Para tanto, o problema inicial foi a fraqueza do Império Turco-Otomano e as oportunidades que criava para uma interferência no apoio às suas populações cristãs.
Como na continuação da nossa postagem falaremos de Louis-Napoleon Bonaparte, Napoleon III após o estabelecimento do Segundo Império Francês, é muito importante que eu abra aqui parênteses, para recordar a sucessão dos governantes franceses após as Guerras Napoleônicas, até a sua ascensão.
Louis XVI era o rei à época da Revolução Francesa, casado com Maria Antonieta, cujo triste fim foi a morte na guilhotina, em 1793. Seu filho, Louis Joseph Xavier François, foi a segunda criança e primeiro filho, portanto, herdeiro do trono francês - Delfin de França. Infelizmente, ele morreu de tuberculose, com a idade de sete anos, às vésperas da Revolução Francesa, sem se tornar rei. Louis Joseph foi sucedido como príncipe aspirante à coroa francesa, por seu irmão de quatro anos de idade, Louis Charles, Delfin de França, que foi aprisionado durante a Revolução, morrendo na prisão, com dez anos de idade, como Louis XVII não coroado.
Com a sua morte, seu tio e regente, irmão de Louis XVI, proclamou-se Rei Louis XVIII. Com a primeira queda de Napoleão, em 1814, e a assistência de Charles Maurice de Talleyrand, posteriormente Ministro das Relações Exteriores da França, ele ganhou o trono da França. Com o efêmero retorno de Napoleão nos “Cem Dias”, abandonou Paris para retornar após da Batalha de Waterloo. Louis XVIII foi rei da França de 1814 até a sua morte, em 1824. Quem o sucedeu foi seu irmão, com o título de Charles X.
Charles X reinou de 1824 até a revolução francesa de 1830, quando renunciou em favor de seu neto, o Conde de Chambord, ao invés de tornar-se um monarca constitucional e viajou para a Inglaterra. Contudo, o Duque d’Orléans, seu primo, a quem Charles X havia indicado como Tenente General da França, foi escolhido como “Rei dos Franceses” e reinou como Louis-Philippe.
Louis-Philippe de França serviu como o Rei “Orleanista” dos Franceses, de 1830 a 1848. Uma crise econômica em 1847 conduziu os cidadãos franceses a uma nova revolta contra o seu rei que, temendo fim idêntico ao de Louis XVI e Maria Antonieta, abdicou em favor de seu neto e fugiu para a Inglaterra, onde viveu com sua família até a sua morte em 26 de agosto de1850.
Inicialmente, a Assembleia Nacional planejou aceitar seu neto como rei. Entretanto, conduzida pela maré da opinião pública, aceitou a proclamação da Segunda República em circunstâncias controversas, na Prefeitura de Paris, em 1848.
Em eleição popular, o Príncipe Louis Napoleon Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte e seu herdeiro, foi eleito presidente. Em 1851 ele declarou-se presidente eterno. Dentro de um ano, nomeou-se Imperador Napoleon III, ressuscitando o conceito de um “Império Napoleônico” onde imperou até setembro de 1870, quando foi deposto pela Terceira República após sua derrota na Guerra Franco-Prussiana.
Quando Presidente, Louis-Napoleon Bonaparte explorou as fraquezas turcas para garantir concessões para a Igreja Católica na Palestina, esperando ganhar apoio conservador para o seu golpe de estado. Quando o Tzar Nicholas I retaliou, enviando uma missão para recuperar os direitos dos Gregos Ortodoxos, os turcos simplesmente deram lugar às duas partes, esperando que a questão desparecesse.
Assim que estabelecido o Segundo Império, Napoleon III perdeu o interesse na questão, mas Nicholas decidiu pôr em ordem o “Homem Doente da Europa” – alusão ao Império Otomano que atravessava conturbada fase econômica à época –, de uma vez por toda, através da retalhação da parte europeia da Turquia, esperando apoio da Prússia, Áustria e Grã Bretanha. Ele se enganara, pois nenhuma das duas últimas potências queria ver a Rússia controlando os Dardanellos. Vislumbrando uma abertura para um sucesso diplomático útil, a França uniu-se à Grã Bretanha em apoio à Turquia, que rejeitou os ultrajantes termos do Tzar.

CONFLITO SOBRE A AUTORIDADE NO MEDITERRÂNEO ORIENTAL 
A Rússia, como um membro da Santa Aliança, havia operado como “Polícia da Europa”, mantendo o equilíbrio de poder estabelecido no “Tratado de Viena”, em 1815, e suprimindo levantes revolucionários na Europa. Em troca por ter fornecido os exércitos necessários para manter o equilíbrio de poder e suprimir as revoluções de 1848 e 1849, a Rússia tinha erradamente suposto que a Europa lhe daria carta branca para solucionar os seus problemas com o Império Otomano – o “homem doente da Europa”. A discussão completa sobre o futuro do Império Otomano levou o nome de “Questão Oriental”, um termo que continuaria em uso, com relação ao Império Otomano, até o início do século XIX.
A cadeia imediata de eventos que conduziu à declaração de guerra da França e Grã Bretanha sobre a Rússia, em 27 e 28 de março de 1854, pode ser rastreado até o golpe de estado de 1851 na France. Napoleão III enviou seu embaixador ao Império Otomano tentando forçar os otomanos a reconhecer a França como “autoridade soberana” no que se referia à sua população cristã. A Rússia contestou esta nova alteração de autoridade. Considerando dois ou mais tratados, um de 1757 e o Tratado de Küçük Kaynarca de 1774, os otomanos reverteram sua decisão prévia, renunciando ao tratado francês e insistindo que a Rússia era o protetor dos cristãos ortodoxos no Império Otomano.
Mapa da Guerra da Crimeia: Turquia em cinza, Rússia em verde, Mar Negro

Napoleão III respondeu com uma demonstração de força, enviando o navio de guerra especial Charlemagne para o Mar Negro, numa violação à “Convenção dos Estreitos de Londres”. A demonstração de força da França, combinada com uma diplomacia agressiva e dinheiro, induziram o Sultão Abdülmecid I a aceitar um novo tratado, confirmando a França e a Igreja Católica Romana como suprema autoridade cristã com controle sobre os sagrados locais cristãos sob seu controle e a posse das chaves da Igreja da Natividade, anteriormente de posse da Igreja Ortodoxa Grega.
O Tzar Nicholas I então dispôs seus 4º e 5º Corpos de Exército ao longo do rio Danúbio e enviou seu ministro de relações exteriores, Conde Karl Nesselrode, para estabelecer conversações com os otomanos. Ao embaixador britânico em São Petersburgo, Sir George Hamilton Seymour, Nesselrode confidenciou que a disputa pelos locais sagrados havia assumido uma nova característica, tentando evitar a participação da Inglaterra ou França no conflito entre Rússia e o Império Otomano.
As negociações diplomáticas prosseguiram em todas as frentes até que Hugh Rose, encarregados dos negócios da Embaixada Inglesa em Constantinopla, descobrindo sobre os navios russos ao longo do Danúbio, ordenou que uma esquadra de navios britânicos de guerra se dirigisse ao Mediterrâneo e posteriormente para Constantinopla, decisão não amparada pelo almirante inglês no comando da esquadra, que acabou não indo. Entretanto, a esquadra francesa foi em apoio aos otomanos, cumprindo acordo prévio.

PRIMEIRAS HOSTILIDADES 
Os britânicos foram se tornando cada vez mais envolvidos no conflito, até que a Rússia, ao saber do insucesso de sua diplomacia, em julho de 1853 deslocou seus exércitos para os Principados do Danúbio controlados pelos otomanos, Moldávia e Wallachia, para as quais tinha previamente obtido dos otomanos, o reconhecimento de guardiães especiais dos Cristãos Ortodoxos residentes, usando tal fato como pretexto para a sua ocupação militar. Nicholas acreditava que a Áustria não se oporia à anexação das duas províncias, principalmente porque a Rússia a teria assistido em seus esforços para suprimir as Revoluções separatistas dos húngaros, ocorridas em 1848.
Interessada em manter o Império Otomano como um baluarte contra a expansão da Rússia na Ásia, em represália a tal ato, a Grã Bretanha enviou uma esquadra para os Dardanelos, para juntar-se a outra esquadra já enviada pela França. Conforme pode-se ver pelas figuras, os Dardanellos são um pequeno estreito a noroeste da Turquia, que conecta o Mar de Marmara ao Mar Egeu que, por sua vez, encontra o Mar Mediterrâneo e que, junto com o Estreito de Bósforo, separa a Europa do corpo principal de Ásia. Estratégicos acidentes militares, pois, em resumo, os Dardanelos e o Bósforo juntos conectam o Mar Negro ao Mar Vermelho.
Numa última tentativa diplomática, Grã Bretanha, França, Áustria e Prússia, num encontro em Viena, prepararam um documento a ser aceito por Russos e Otomanos. A Rússia o aceitou, mas não o Império Otomano. Em vista disso, as três primeiras potências se uniram na elaboração de novas sugestões, ignoradas na corte de São Petersburgo, razão pela qual a Grã Bretanha e a França abandonaram as negociações, condenadas por Áustria e Prússia que preferiam manter o assunto na área diplomática.
Entrementes, o Sultão formalmente declarou guerra em 23 de outubro de 1853 e iniciou o ataque movendo seus exércitos sobre o exército Russo, próximo do Danúbio, ao final do mesmo mês. As escaramuças iniciaram com ambas as forças concentradas em duas frentes principais: Cáucaso e Danúbio, onde prevaleceram as forças otomanas sob o comando de Omar Pasha. Para compensar as perdas terrestres, a Rússia enviou poderosa esquadra que, na Batalha de Sinope, destruiu importante frota otomana ainda ancorada naquele porto. Para Grã Bretanha e França tal foi considerado Ato de Guerra para declaração contra a Rússia, o que se concretizaria formalmente em 28 de março de 1854 quando esta ignorou um ultimato dessas nações para que ela se retirasse dos Principados do Danúbio.

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