Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

segunda-feira, 21 de julho de 2014

ALTO DA BRONZE DOS MEUS OITO ANOS

INTRODUÇÃO

A construção desta praça monumento, bem como da música homônima, são anteriores ao início da minha existência, já vou avisando. Sou velho, com muito orgulho, mas não tanto. Mas são essas lembranças que temos, muitas vezes – e agora já sei, pela experiência que tenho, não são privilégio meu, mas que muitas pessoas “sofrem” da mesma felicidade -, de coisas que não conhecemos e, muitas vezes, nem sabemos de onde vêm.
Eu deveria ter cerca de oito anos ou menos, quando pela primeira vez ouvi falar em “Alto da Bronze”, com certeza, pela boca da minha mãe, como acontece com frequência, com as boas coisas que nunca esquecemos. Conheci primeiro a composição musical e, claro, motivado pela curiosidade, fui então informado da existência de uma praça com esse nome.
Acontece que eu era o “Zangado” da família, o “pavio curto”, aquele que não gostava de levar desaforo para casa, mas que, muitas vezes, levou as dores quando mal sucedido e as glórias quando bem. E não foram raras as vezes em que voltei para casa com a “cabeça quebrada”, consequência de alguma briga ou queda por alguma proeza de triste epílogo. Creio que a primeira vez que isso ocorreu – embora não tenha sido o primeiro acidente – foi quando eu tinha esses famosos oito anos de idade. E minha mãe, muito mais para me consolar e elevar o meu moral, cantou-me pela primeira vez – e pelas demais que seguiram – essa composição que eu não conhecia, denominada “Alto da Bronze”. São, portanto duas histórias paralelas: a da praça e a da música; e embora eu tenha primeiro ouvido a segunda, como ela veio da primeira, vou iniciar pela praça.
Eu quero dedicar essa postagem à minha querida mãe, Mariazinha, minha iniciadora de infinitos conhecimentos, que além de ter brincado nessa praça, adorava a composição e a tocava nos instrumentos que aprendeu a tocar, nas suas raras horas de “ócio produtivo”. Mas quero também dedica-la ao meu tio Aor, o mais jovem e teimoso irmão da minha mãe, ainda cheio de saúde nos seus recém-feitos 87 anos, a quem, segundo testemunho dela, “puxei” em muitas coisas, com muita alegria. Atualmente ele está com o ouvidinho meio ruim, mas tenho certeza de que, para essa música, sua audição não há de falhar; e a visão está ótima para a leitura da postagem. Estou certo de que ele vai apreciar a postagem e ajudar a enriquecê-la.

A PRAÇA

Atualmente, seu nome oficial é Praça General Osório. É uma praça localizada próximo da chaminé do Gasômetro, no Centro Histórico de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, minha cidade natal. Ela está situada entre as ruas Duque de Caxias – onde, entre outros verdadeiros monumentos da cidade, situam-se a Catedral Metropolitana, o Palácio do Governo e a Praça da Matriz -, Coronel Fernando Machado e General Portinho e foi, até o início do século XX, um largo antes de se tornar praça. Teve, ao longo de sua história, quer como praça, quer como largo, diversos nomes: Alto do Manoel Caetano, Alto do Senhor dos Passos, Alto da Conceição e Ladeira de São Jorge, antes de tornar-se o Alto da Bronze, com o qual eternizou-se na memória de Porto Alegre e dos porto-alegrenses.
Figura 1 - O Alto da Bronze, no centro da foto moderna,
à direita; à esquerda mais acima, a usina do gasômetro
De acordo com os de melhor memória, o Alto da Bronze começou a surgir no mapa da cidade por volta de 1800, quando era apenas um espesso matagal que servia como depósito de lixo para os poucos moradores da redondeza, mais utilizado por tatus e tamanduás do que pelo bicho-homem. Não podemos esquecer de que, nessa época, afinal de contas, a corte portuguesa do príncipe D. João VI nem sequer havia ainda chegado nessa pobre colônia lusitana. Com o passar dos anos, os colonos açorianos começaram a construir suas casas na rua Formosa (hoje Duque de Caxias) e na parte alta da rua do Arvoredo (hoje Fernando Machado). Na última quadra dessas duas ruas, nenhuma casa foi construída e aquele espaço livre viria, muitos anos mais tarde, a ser usado pelos moradores.
Figura 2 - A praça do "Alto da Bronze", vista de cima,
com as quadras polivalentes, o quiosque e o parquinho
Tanto com relação à praça, como à música, sempre tive algumas dúvidas sobre o nome e a letra da composição. Minha mãe nunca me contou o significado de “Alto da Bronze” e tampouco sobre os seus “ratos brancos”, da letra da música. O nome da praça tem uma história bem interessante e, em alguns pontos um pouco discrepantes.
O político, historiador, educador e escritor Antônio Álvares Pereira (Coruja, adotado), nascido em Porto Alegre em 31 de agosto de 1806 e morto em 4 de agosto de 1889, escreveu um livro chamado “Antigualhas”, sobre e vultos e eventos do Rio Grande do Sul, onde relata a origem do nome do local. Segundo ele, habitava na área uma morena, estranha e poderosa, chamada Felizarda, mas conhecida apenas por Bronze, por ser morena. Dedicava-se a tirar a sorte com as cartas, fazer mandingas e despachos, bem como rezas e benzeduras para espantar o mau olhado, logo ganhando o respeito e consideração das pessoas mais humildes, entre as quais encontravam-se as prostitutas das imediações; boatos diziam que, embora seus modos discretos, a própria “Bronze” praticava a prostituição, embora mantendo um nível bem mais alto na seleção dos seus fregueses. Na época, era comum dar aos bairros nomes que lembrassem alguma característica importante ou o nome ou apelido de um morador que se sobressaísse. E tal foi a importância adquirida pela famosa morena Felizarda, por suas boas obras, de todas as espécies, que logo a área passou a ser conhecida apenas como “Alto da Bronze”. Chego a ver os malandros da época, quando perguntados sobre o seu destino, numa bela noite de sábado, apenas respondendo que iam ao Alto da Bronze, para não ter que dizer que, na verdade, estavam indo aos prostíbulos da área do gasômetro, Washington Luís, Duque de Caxias e Demétrio Ribeiro (nomes atuais).
Figura 3 - O quiosque da Praça General
Osório visto da Rua Duque de Caxias.
Há outras versões dessa história da “Bronze”, mais picantes, que dizem estar documentada, mas vou deixa-las à curiosidade dos meus leitores, respeitando a presença das eventuais leitoras. É sempre possível que o autor do livro, ao escrevê-lo, tenha mantido a discrição reinante à época em que foi escrito.
Desde 1833 a região aparece como referência, nas atas da Câmara Municipal, como "Alto da Bronze". Em 1865, o município resolveu adquirir o terreno vazio do Alto da Bronze, a fim de ali fazer uma praça para instalação de um chafariz da Companhia Hidráulica Porto-Alegrense, para abastecimento de água potável à população. O herdeiro dos terrenos, João Soares de Paiva, que residia no Rio de Janeiro, fez propostas extorsivas para a venda. No mesmo ano a Câmara pediu auxilio ao presidente da Província (Estado daquele tempo), Visconde da Boa Vista que, em 1866, desapropriou a área, declarando-a de utilidade pública.
Em 1887 iniciou-se o ajardinamento da área e, em 1920, ela passou por uma remodelação completa, visando atenuar a ladeira muito íngreme onde se inseria. Em 1926, no governo do Intendente Otávio Rocha, foi inaugurado o 1º Jardim de Praça de Porto Alegre, embasado nas teorias de educação, esporte e lazer do professor Gaelzer, num trabalho pioneiro na América Latina. Por volta de 1930, o mesmo Otávio Rocha promoveu a reforma da praça, transformando-a em praça de esportes. Uma reforma executada em 1970 deu-lhe o aspecto atual e nela existem duas placas: Alto da Bronze e General Osório.

O SAMBA

Mas a glória do “Alto da Bronze” não parou por aí. Pelos idos de 1930, já conquistada a simpatia da vizinhança, acabou sendo imortalizado num samba, fruto da parceria entre duas figuras muito conhecidas da Porto Alegre daqueles tempos: na melodia e arranjo, o pianista e compositor Paulo Coelho, o Gordo; assinando a letra, Plauto de Azambuja Soares, o “Foquinha”, acadêmico de Direito, cronista de rádio e jornal (repórter da “Folha da Tarde”), dublê de compositor e nascido na mesma área. A composição teria sido lançada pelos cantores Alcides Gonçalves e Horacina Correa, em diferentes horários da programação de 19 de novembro de 1937, na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, alcançando tal sucesso que a incluiria no repertório do pianista cuja orquestra se preparava para uma temporada pelos cafés e emissoras de Buenos Aires. A composição agradou de tal forma aos porteños que acabou sendo gravada, em 1938, quando da inauguração da Rádio Municipal de Buenos Aires, pela RCA Victor argentina, em um disco de 78 rotações, recebido com grande festa em seu retorno ao Brasil. Tal, o único registro fonográfico da Orquestra de Paulo Coelho. Esta, a gravação de "Alto da Bronze" que apresentamos aos nossos leitores, interpretada pela vocalista da orquestra, Horacina Correa. A letra da composição pode ser alcançada por este "link".
Figura 4 - Paulo Coelho, o Gordo, com
membros da orquestra à época da gravação.
Paulo Coelho iniciou sua carreira artística aos 14 anos de idade, atuando como pianista na Confeitaria Central, ajudando no sustento da família após o falecimento do pai, onde ficaria até 1930, quando foi convidado pela Companhia de Revistas Cândida Villa para realizar uma excursão à Argentina. Em Buenos Aires fez sucesso apresentando-se em diferentes Rádios locais. Seguiu depois para a cidade de Córdoba, onde acabaria se casando com uma argentina, que faleceu logo depois do nascimento de seu primeiro filho, o que o fez retornar ao Brasil. Em 1933, já de volta à Porto Alegre, ingressou na Orquestra da Rádio Gaúcha, atuando no Café Colombo, então o mais famoso da cidade. Em 1934 foi para o Rio de Janeiro e, em companhia do saxofonista Marino dos Santos, passou a trabalhar no Cassino Atlântico, integrando a orquestra de Romeu Silva, apontada na época como a mais famosa da capital federal. Voltou desiludido à Porto Alegre, sem ter recebido nenhuma remuneração por seu trabalho. Em 1935, quando da fundação da Rádio Farroupilha, foi contratado por ela, deixando a Rádio Gaúcha. Por essa época, dirigia também a orquestra do Café Flórida. Morreu de tuberculose, em 21 de setembro de 1941, com incríveis 31 anos de idade.
Plauto de Azambuja, seu companheiro de composição, muito pouco saboreou o seu sucesso, sendo vitimado num acidente de automóvel de corridas, do circuito automobilístico do bairro da Tristeza, em 5 de abril de 1938, com apenas 23 anos de idade.
Figura 5 - Horacina Correa, vocalista
da Orquestra do "Gordo".
Mulata nascida no Rio Grande do Sul, Horacina Correa iniciou a carreira artística na década de 1930, inspirando-se em Carmen Miranda. Contratada pelo empresário Walter Pinto foi uma das atrações do Teatro Recreio. Realizou temporadas consecutivas em Buenos Aires, onde possuía prestígio comparável ao de Carmen Miranda, nos Estados Unidos. Ao final da década de 1940 mudou-se para São Paulo e Rio de Janeiro, onde gravou discos e atuou no cinema. No Brasil, Horacina Corrêa gravou, entre 1945 e 1947, três discos pela Continental. Participou, em 1951, do LP de 10 polegadas que o maestro Fon-Fon gravou em Londres com sua orquestra, nunca lançado no Brasil. Horacina gravou ainda, em nosso país, mais dois LPs de 10 polegadas pela Musidisc, em 1955/56, e outro 78 nessa mesma marca. Tempos depois, migrou para a Europa, desaparecendo do cenário artístico. O jornalista Flávio Alcaraz Gomes afirmava tê-la visto como “artista cubana” em uma boate de Roma, nos anos 1950. Outros relatos sugerem que Horacina teria se radicado no Egito, como dona de um hotel, no Cairo. A pior versão diz que ela teria sido vitimada num atentado terrorista.
A orquestra de Paulo Coelho, o Gordo, quando da gravação apresentada, era constituída pelos seguintes componentes:
Horacina Corrêa - Vocalista
Ernani Oliveira - Trompete
Marino dos Santos - Clarinete
Fritz Preuss - Sax Tenor
Waldemar Moura - Trombone
Antoninho Gonçalves – Cavaquinho
Paulo Coelho - Piano
Flávio Corrêa - Contrabaixo
Oscar Corrêa - Bateria
Juvenal e Walter Gonçalves – Percussão
Anos mais tarde, as gaúchas Elis Regina, Zilah Machado e Lourdes Rodrigues, apresentariam as suas versões da homenagem musical ao “Alto da Bronze”. Para os que quiserem comparar, seguem as gravações de Lourdes Rodrigues (acompanhada pelo pianista gaúcho Geraldo Flach) e de Elis Regina.
Como mencionei acima, sempre tive também uma enorme curiosidade sobre o trecho da letra do “Alto da Bronze”, que mencionava o “rato branco”. Infelizmente, à época, minha mãe não conseguiu satisfazer a minha curiosidade; de forma que só durante a minha pesquisa consegui a resposta que submeterei à crítica do meu tio Aor para testar a sua veracidade. Segundo uma das fontes pesquisadas, “Rato Branco” era o apelido dado aos guardas municipais da época, em virtude das fardas brancas que envergavam, impecavelmente brancas. Segundo ele, a qualquer travessura da molecada, ou mesmo brigas entre grupos rivais, eles apareciam sem aviso, como verdadeiros ratos surgindo de suas tocas, marcando a constante presença da lei.
Conforme eu previra, meu tio Aor visitou o “blog”, leu a presente postagem e teceu alguns comentários, tão interessantes, que solicitei a sua autorização para inseri-los. Tendo ele prontamente aquiescido, apresso-me a fazer este pequeno adendo à minha postagem, que só faz muito enriquecê-la. Pois além de dizer que ela lhe trouxe muitas lembranças dos seus seis aos oito anos de idade (olhem a coincidência com a letra da música), onde tanto brincou, lembrou-se até mesmo do zelador do Alto da Bronze (qual a praça que não tinha, então, o seu  zelador?), que chamava-se Ângelo, segundo ele, “homem muito bom”! Disse mais, que aos finais de tarde realizavam concursos de lutas, na areia colocada ao final escorregador. E, como não poderia deixar de ser, infalivelmente ele vencia sempre, fazendo jus ao prêmio, que era então ... um PICOLÉ! Com o tempo, ele acabou sendo proibido de participar das lutas porque vencia sempre; antes, já havia sido suspenso por 30 dias, porque numa “peleia” dera um soco no “beiço” do adversário, que ficara sangrando, assim justificando a expulsão; mas que o soco compensara, em muito, a suspensão. Claro que ele conhecia e se lembrava perfeitamente bem da melodia, que ainda cantarolava, volta e meia. E, pasmem(!), acrescentou: “Eu sou um grande admirador de Paulo Coelho e conheci muito bem a vocalista Horacina Correia, era minha vizinha de rua e, mesmo, de calçada”. Como é fácil perceber, a recompensa pela postagem excedeu em muito a pretendida, pelo carinho da resposta remetida e pela importância das novas informações.
Fui conhecer e tirar fotos do “Alto da Bronze”, já depois dos meus cinquenta anos de idade. E percebi com tristeza que, como tudo o mais na vida, ela já estava bem diferente “do tempo feliz em que eu era criança”: nessa época, ela então já tinha bancos e não consegui ver nem ao menos um só rato branco ...

2 comentários:

Nelson Azambuja disse...

Olá Nelson, muito feliz em encontrar lembranças dessa praça que amo tanto.
Em 1972 meus pais foram morar em Porto Alegre, eu com 4 aninhos, moravamos na frente da Pracinha como eu chamava, logo começou minha jornada estudantil. Jardim de Infância Picapau Amarelo, na Praça Alto da Bronze, na minha Pracinha particular...extensão da minha casa, só atravessava a rua com as perninhas curtinhas, logo aprendi pular as grades, afinal para que fazer toda volta para entrar pelo portão se era tão íntima da pracinha kkk.
Jardim de infância 2 anos, me sentia muito especial no tal quiosque, lembro até hj da professora Magda, mas gostava mesmo era do recrêio, período que brincava de pegar com os colegas, que tempo mágico!
Lembro da Zeladora Dorvalina, da Pracinha que se tornou minha amiga, fui crescendo e contínuava frequentando a Pracinha... Dorvalina varrendo toda praça e plantando Margaridas nos canteitos, que Sra. Caprichosa e eu despetalando as margaridas, fazendo "bem me quer mal me quer". Tinha banheiros limpos após os jogos de voleibol das meninas que vinham do colégio Paulo Soares ao lado do Palácio e Professor de educação física para as crianças e frequentadores da pracinha, até nos dias chuvosos íamos para praça, tínhamos atívidades recreativas em sala para jogos: ping pong, domino, jogos de dama, quebra cabeças, livros infantis tudo com a supervisão do professor Paulo, toda turminha feliz da vida Magna, Rose, Eduardo, Paulinho, Verinha e tantos outros que não lembro o nome, televisão nem pensar.
Saudades da minha Pracinha!
Segundo Grau cursei no Ernesto Dormeles, adivinha? fazia educação física alí, todos na Pracinha.
Meus tios chegavam na nossa casa, perguntam pela Magna, na Pracinha.
Posso te afirmar, a Pracinha me criou!
Saudades da Praça Alto da Bronze, da minha casa que não existe mais, das tias e vovôs daquela região, como era feliz!
Um grande sonho é ver a Pracinha revitalizada e vivida como ela merece.
Faltou falar dos dentes de leite que perdia e jogava no telhadinho da entrada da praça para vir um novo dente logo logo, segundo dizia a Dorvalina Zeladora.
Obrigado por compatilhar suas memórias no blog.
Morava na Duque 448, filha da costureira Maria.
Magna Leivas

Nelson Azambuja disse...

Pois é, minha cara Magna, são mensagens como as tuas que nos animam a prosseguir com nossas postagens. Mensagem não, uma verdadeira poesia a tua, que me emocionou, sem pieguice, às lágrimas!
Pois eu com os meus 79 anos e com uma filha - a primogênita - apenas um ano mais moça do que tu, sou obrigado a confessar, por honestidade, que não são as minhas memórias que compartilhei com a postagem sobre a Praça do Alto Bronze, mas sim as memórias da minha querida mãe, que na verdade são também tão minhas! Daquela que quando eu era um menino como tu, quando conheceste a "nossa" querida praça, me cantava a famosa música que dela falava.
Adorei conhecer as tuas lembranças porque certamente compartilhamos os nossos "passados felizes". Tua querida mamãe, a costureira Maria, certamente te deu especial educação para te proporcionar tanta sensibilidade. Parabéns a ela! Agora vou poder mostrar aos meus queridos a razão pela qual persisto em escrever as minhas postagens que, como digo na introdução do meu despretensioso blog, atendem prioritariamente aos meus próprios anseios. É que, de vez em quando, me aparece uma leitora com a tua sensibilidade para ainda melhorar o meu ânimo
Quando chegaste na Duque 448, não fazia mais parte dela o meu querido Colégio Anchieta, poucos metros além da Catedral, para quem vinha da direção da tua casa. Já era então o "Novo Anchieta" da Av. Nilo Peçanha. Foi no Colégio Anchieta da Duque que vivi quatro dos melhores anos da minha vida, de tantas lembranças da também Praça da Matriz, Auditório Araujo Viana e tantas mais. Um dia vou ter que dar um jeito de renascer novamente ...
O meu imenso obrigado por mensagem tão maravilhosa que alegrou o meu dia e há de continuar alegrando a minha vida ainda por muito tempo. Volta ao blog sempre que quiseres. Vou fazer muita força para continuar sendo digno da tua leitura.
Um grande e carinhoso abraço,
Nelson Azambuja.