Homenagem ao lendário herói ancestral dos ingleses que deu título a um dos considerados "Cem Maiores Livros do Mundo" e tido como o mais antigo escrito em "Old English".

quinta-feira, 8 de julho de 2010

UMA PEQUENA HISTÓRIA DA INGLATERRA CONTADA POR UM GAÚCHO DE PORTO ALEGRE, DESCENDENTE DE PORTUGUESES E RESIDENTE EM GRAMADO (Primeira Parte)

INTRODUÇÃO

O título da postagem foi proposital e jocosamente escolhido, com o objetivo antecipado de, claramente, demonstrar que não possuo qualquer pretensão de escrever um tratado sobre a Inglaterra, por razões óbvias, que nem sequer necessitam ser arroladas. A origem dessa postagem, como da maioria de todas as anteriores e, possivelmente, de muitas das que se seguirão, é a ignorância do próprio autor. Eu possuo o hábito de pesquisar sobre o assunto tratado em qualquer livro, ou publicação em geral, que leio, visando aprofundar o meu conhecimento sobre a matéria ou suas partes; isso inclui a região onde se desenvolve a história, o autor da matéria, um personagem abordado etc.
Nesse caso específico, a explicação do motivo que me levou a escrever essa matéria é muito mais necessária, porque preciso justificar a amplitude da pesquisa e a superficialidade com que será tratado o assunto; com isso trato também de justificar, antecipando-me às críticas que certamente ocorrerão, as lacunas e imprecisões que certamente existirão. Portanto, os leitores já devem estar prevenidos de que esta matéria não deverá ser encarada como um manual de pesquisa sobre a história da Inglaterra, mas visou, fundamentalmente, a satisfação das minhas necessidades pessoais.
Tudo teve início quando comecei a interessar-me pela saga Arthuriana e seus cavaleiros da "távola redonda". Especificamente, ao concluir a leitura do volume "Idylls of the King", de Alfred, Lord Tennyson, considerado um dos cem maiores livros do mundo, assunto já abordado em uma das minhas postagens. Alfred, Lord Tennyson, foi um autor inglês, nascido em 1809 e falecido em 1892, considerado o principal representante da época vitoriana, na poesia. A obra contém doze poemas narrativos em versos brancos, que contam os feitos de vários cavaleiros, incluindo Lancelot, Geraint, Galahad, Balin e Balan, Merlin e a Dama do Lago. Há uma pequena transição entre os idílios, mas a figura central de Arthur liga todas as histórias.
Tendo já lido outras obras sobre o mesmo assunto, visto filmes, acompanhado discussões sobre lenda ou história, comecei a interessar-me pela figura do Rei Arthur e parti para a pesquisa. E a primeira constatação foi a de que há uma séria dúvida sobre esse personagem, mesmo entre os ingleses pesquisadores e muita relação, documentada, entre a lenda arthuriana e a história da Inglaterra. Como é natural, à medida que a pesquisa prosseguia, tanto mais ampla e profunda ela se tornava e decidi então a escrever, não mais sobre o Rei Arthur, mas sobre a própria Inglaterra. Tarefa árdua, a começar pelo fato de que o país tem uma história que se confunde com o tempo, ao contrário do nosso, descoberto em 1500 DC.
Em vista disso, adotamos a estratégia de apresentar a postagem em capítulos e, além disso, dividir a narrativa em quatro grandes grupos que serão descritos e mencionados, durante as várias postagens. Esta primeira postagem corresponde apenas a uma introdução ao assunto, mas uma introdução muito necessária para que todos entendam o que seguirá.
Numa primeira grande seção, apresentarei uma espécie de terminologia da área geográfica envolvida e dos povos que tomaram parte nas origens da formação do atual povo inglês. Há muita confusão sobre a terminologia da geografia da Ilha e ainda muita controvérsia sobre as diferentes raças que contribuíram para o caldeirão da raça inglesa.
A seguir, apresentarei uma linha temporal macroscópica da história da Inglaterra, para que se tenha, de imediato, um grande conjunto das várias épocas pelas quais este país transitou, antes de nos determos na sua história detalhada, propriamente dita.
Iniciaremos então a história da Inglaterra, propriamente dita e, na hora oportuna, introduziremos um capítulo especial que é a razão primeira da nossa pesquisa, inteiro e detalhadamente dedicado ao Rei Arthur.
Preparem-se, pois se o trabalho de pesquisar e escrever será árduo, a minha "vingança" será o trabalho a ser dedicado em sua leitura ... pelos leitores.
Eu quero dedicar este trabalho - sem o seu conhecimento, será uma surpresa -, a uma pessoa que conheci através das minhas publicações e que acabou por tornar-se uma assídua seguidora deste blog. Mais do que isso, uma ferrenha incentivadora das minhas publicações, não permitindo, de forma alguma, a minha ociosidade. Foi por ela que tomei a decisão de iniciar a publicação deste artigo num momento de longa inatividade literária, motivada por outros afazeres que me absorveram totalmente. À minha querida amiga Gilda Silveira Souto, das bandas do Alegrete. 

Um comentário:

Gilda Souto disse...

Professor!Que bom que voltou e voltou com este fascinante tema num título...ao seu estilo.
Pensava ser uma intrometida...mas passei a incentivadora!
Pois muito obrigado, e estarei esperando os capítulos, certeza de interessantíssima leitura!