Antes de Roma: Os Celtas
Ao final da Idade do Ferro (os últimos 700 anos AC) encontramos nossas primeiras testemunhas oculares da Britain, através de autores Greco-romanos, incluindo Julius Caesar, que a invadiu em 55 e 54 AC. Essas revelam um mosaico de povos distintos mas há pouco indício de que tais grupos tivessem algum senso de identidade coletiva mais apurado do que os ilhéus do ano 100 DC, que se consideravam ‘Britons’. Contudo, há algo em que romanos, modernos arqueólogos e os próprios ilhéus da Idade do Ferro, concordariam: eles não eram celtas. Esta foi uma invenção do século XVIII; o nome nunca foi usado antes. A ideia veio da descoberta, cerca de 1700 DC, de que as línguas não inglesas da Ilha, se relacionam à dos antigos Gauleses do continente, que realmente eram chamados Celtas. Este antigo rótulo étnico continental foi aplicado à mais ampla família das línguas. Mas ‘Celtic’ logo foi estendida para descrever monumentos, arte, cultura e povos insulares, antigos e modernos: a identidade ‘celtic’ nasceu, como ‘britishness’, no século XVIII. Contudo, a linguagem não determina etnicidade (o que faria os modernos ilhéus ‘Germans’, uma vez que a maioria deles fala inglês, classificada como língua ‘germanic’). De qualquer forma, ninguém sabe como ou quando as línguas que escolhemos chamar ‘celtic’, chegaram no arquipélago – elas já estavam estabelecidas há muito e tinham se diversificado em várias línguas quando nossa evidência começou. Certamente, não há razão para ligar a vinda da língua ‘celtic’ com qualquer grande ‘invasão celtic’ da Europa durante a Idade do Ferro porque não há qualquer forte evidência a sugerir que tivesse existido alguma. Os arqueólogos concordam plenamente sobre duas coisas na Idade do Ferro British: suas muitas culturas regionais se desenvolveram a partir da Idade do Bronze local precedente e não derivaram de ondas de invasores continentais ‘celtas’; em segundo lugar, chamar a Idade do Ferro British ‘celtic’ é tão enganoso que é melhor abandonar. Certamente há importantes semelhanças e conexões culturais entre Britain, Ireland e Europa continental, que refletem contatos íntimos e, sem dúvida, o movimento de algumas pessoas, mas o mesmo poderia ser dito para vários outros períodos da história. As coisas que rotulamos como ícones ‘celtas’ – tais como fortes de colina, arte, armas e joias – eram muito mais relacionadas a aspectos aristocráticos, políticos, militares e religiosos do que à etnia comum.
Ao final da Idade do Ferro (os últimos 700 anos AC) encontramos nossas primeiras testemunhas oculares da Britain, através de autores Greco-romanos, incluindo Julius Caesar, que a invadiu em 55 e 54 AC. Essas revelam um mosaico de povos distintos mas há pouco indício de que tais grupos tivessem algum senso de identidade coletiva mais apurado do que os ilhéus do ano 100 DC, que se consideravam ‘Britons’. Contudo, há algo em que romanos, modernos arqueólogos e os próprios ilhéus da Idade do Ferro, concordariam: eles não eram celtas. Esta foi uma invenção do século XVIII; o nome nunca foi usado antes. A ideia veio da descoberta, cerca de 1700 DC, de que as línguas não inglesas da Ilha, se relacionam à dos antigos Gauleses do continente, que realmente eram chamados Celtas. Este antigo rótulo étnico continental foi aplicado à mais ampla família das línguas. Mas ‘Celtic’ logo foi estendida para descrever monumentos, arte, cultura e povos insulares, antigos e modernos: a identidade ‘celtic’ nasceu, como ‘britishness’, no século XVIII. Contudo, a linguagem não determina etnicidade (o que faria os modernos ilhéus ‘Germans’, uma vez que a maioria deles fala inglês, classificada como língua ‘germanic’). De qualquer forma, ninguém sabe como ou quando as línguas que escolhemos chamar ‘celtic’, chegaram no arquipélago – elas já estavam estabelecidas há muito e tinham se diversificado em várias línguas quando nossa evidência começou. Certamente, não há razão para ligar a vinda da língua ‘celtic’ com qualquer grande ‘invasão celtic’ da Europa durante a Idade do Ferro porque não há qualquer forte evidência a sugerir que tivesse existido alguma. Os arqueólogos concordam plenamente sobre duas coisas na Idade do Ferro British: suas muitas culturas regionais se desenvolveram a partir da Idade do Bronze local precedente e não derivaram de ondas de invasores continentais ‘celtas’; em segundo lugar, chamar a Idade do Ferro British ‘celtic’ é tão enganoso que é melhor abandonar. Certamente há importantes semelhanças e conexões culturais entre Britain, Ireland e Europa continental, que refletem contatos íntimos e, sem dúvida, o movimento de algumas pessoas, mas o mesmo poderia ser dito para vários outros períodos da história. As coisas que rotulamos como ícones ‘celtas’ – tais como fortes de colina, arte, armas e joias – eram muito mais relacionadas a aspectos aristocráticos, políticos, militares e religiosos do que à etnia comum.
A Crescente Influência Romana
Pelo final do segundo século AC a influência romana passou a estender-se ao Mediterrâneo ocidental e sul da França, o que causou o crescente contato entre a Britain e o mundo romano através do English Channel (Canal da Mancha). Esse contato foi inicialmente confinado ao comércio de pequenas quantidades de bens supérfluos romanos, como vinho, provavelmente cambiados por escravos, minerais e grãos, através de locais como Hengistbury Head, em Dorset e Mount Batten, próximo de Plymouth, em Devon. Após 50 AC e a conquista da Gaul (França moderna) por Julius Caesar, esse comércio intensificou e focou o sudeste da England.
Além de relações comerciais intensas, parece que Roma estabeleceu relações diplomáticas com um bom número de tribos e pode ter exercido considerável influência política antes da conquista romana da England no ano 43 DC. No mesmo tempo, novos tipos de grandes assentamentos chamados ‘oppida’ apareceram ao sul da Britain, aparentemente para atuar como centros políticos, econômicos e religiosos. Outros apareceram como centros de produção de moedas da Idade do Ferro, que muitas vezes deram os nomes dos governantes, alguns se autodenominando ‘rex’, em latim, para ‘rei’.
Após 43 DC, todo o Wales e England, ao sul da linha da Muralha de Hadrian, tornou-se parte do império romano. Além dessa linha, na Scotland e Ireland, a Idade do Ferro e suas tradições permaneceram, com ocasionais incursões romanas na Scotland e algum comércio com a Ireland.
Tribos Nativas da Britain
As Ilhas British e as regiões tribais no primeiro século DC |
Regiões Tribais Chaves
01: Caledones (Caledonii); 02: Taexali; 03: Carvetii; 04: Venicones; 05: Epidii; 06: Damnonii; 07: Novantae; 08: Selgovae; 09: Votadini; 10: Brigantes; 11: Parisi; 12: Cornovii; 13: Deceangli; 14: Ordovices; 15: Corieltauvi; 16: Iceni; 17: Demetae; 18: Catuvellauni; 19: Silures; 20: Dubunni; 21: Dumnonii; 22: Durotriges; 23: Belgae; 24: Atrebates; 25: Regni; 26: Cantiaci; 27: Trinovantes.
O mapa acima mostra a localização aproximada das principais tribos que viviam na Britain ao tempo da conquista romana, no primeiro século DC, unicamente de acordo com escritores romanos que visitaram a Britain. Um dos melhores observadores das tribos da Britain celta foi Tacitus, que escreveu sobre eventos hstóricos na Britain, seguido de um geógrafo chamado Ptolemy, que fez uma descrição da Britain, listando os nomes das muitas tribos british. Contudo, devemos tratar estes escritos com cuidado, pois os cronistas romanos muitas vezes mal entendiam os eventos british ou mesmo os nomes das tribos. Isso é especialmente verdade no que se refere às suas descrições de tribos ao norte, onde o conhecimento dos romanos era ainda mais limitado. De fato, uma informação precisa sobre onde essas tribos viviam, é inteiramente ausente de registros romanos contemporâneos.
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