2500 AC
Começa a surgir o trabalho em metal com melhoria na tecnologia de fornos
Seguindo a introdução da cerâmica dois milênios antes, o aparecimento do trabalho em metal foi outro importante passo tecnológico no controle do calor e na produção de temperaturas cada vez maiores, através do uso de pequenas fornalhas e foles de couro. O mais primitivo trabalho de metal britânico foi feito de puro cobre, bronze ( liga com percentagem muito maior de cobre e pouco estanho) ou ouro. O ouro era usado para ornamentos e jóias; bronze e cobre eram usados para pontas de lanças, machados, facas e adagas.
2500 AC – 1500 AC
O desenvolvimento dos machados de bronze conduz aos avanços nas técnicas de trabalho em madeira.
O conhecimento do trabalho em madeira, na Idade do Bronze, cresceu muito, recentemente, graças ao descobrimento de importantes locais alagados por toda a Britain e Ireland, já que os locais inundados preservam a madeira por séculos. A madeira foi o principal material de construção da Idade do Bronze e a introdução dos machados de metal foi o maior avanço tecnológico. Originalmente acreditava-se que os machados de bronze substituíram a pedra de forma gradual e num período de vários séculos; evidência recente sugere que este processo foi bastante rápido.
2500 AC – 800 AC
Os trabalhos de metal tornam-se crescentemente sofisticados
O início da Idade do Bronze (2500-1500 AC) viu a produção regular de trabalhos de metal mais sofisticados, consistindo, principalmente, de machados, adagas e pontas de flecha endentadas, conectadas à haste por um dente.
O trabalho com pederneira continua a despeito do desenvolvimento das ferramentas de metais
A introdução das ferramentas de metal, em torno de 2500 AC, não conduziu ao súbito abandono da pederneira como material para confecção das ferramentas leves do quotidiano. Ao final do Neolítico (final da Idade da Pedra), a britagem da pederneira mudou de longas lâminas para flocos mais curtos que eram afiados e fortes. Em torno de 1500 AC houve outra mudança, dessa vez em direção aos implementos para furação e perfuração no trabalho com osso e couro. Essa tradição pode muito bem ter continuado pelo início da Idade do Ferro.
2400 AC – 2200 AC
“Especialistas” criam a cerâmica “beaker” altamente decorada
A cerâmica era provavelmente produzida domesticamente; o aparecimento do trabalho com metais e novas formas altamente decoradas de recipientes para beber, chamados pelos arqueologistas de “beakers”, indicam a presença de especialistas na Britain. Provavelmente, os primeiros fabricantes dessa cerâmica vieram do continente, mas após um curto intervalo, eles tornaram-se locais.
2300 AC
“Amesbury Archer” morre perto de Stonehenge
Uma escavação de 2003 em Amesbury, Wiltshire, descobriu o corpo de um homem e cerca de 100 artefatos, incluindo facas de cobre, ornamentos de cabelo de ouro, vasos de cerâmica altamente decorados e muitas pontas de flecha de pederneira. Análises dos seus dentes mostraram que ele se criou na Europa Central. Indivíduos encontrados em dois outros túmulos próximos, do mesmo período, provavelmente teriam vindo do Wales Ocidental. Estas descobertas mostram que as viagens longas formaram uma importante parte da vida e crença do início da Idade do Bronze.
2049 AC
'Seahenge' é construída na costa de Norfolk.
Em 1998 uma pequena elipse com 55 postes de carvalho, circundando um grande carvalho invertido, foi descoberta em Holme-Next-The-Sea. Cerca de 50 diferentes machados de bronze foram usados e lascas de madeira encontradas dentro dos buracos dos postes, mostraram que as madeiras haviam sido trabalhadas no local, provavelmente como parte de um esforço comunal.
2000 AC – 1400 AC
Líderes da elite são enterrados com elaborados pertences mortuários.
Uma série de enterros de indivíduos sob aterros circulares e com pertences funerários elaborados, incluindo cerâmica funerária especial, adagas de bronze e cobre e objetos de ouro e âmbar, foram descobertos no Século XIX na área de Wessex e então no Século XX, próximo de Norfolk. Há fortes paralelos com a Bretanha, na França, sugerindo contato regular entre as duas áreas.
2000 AC
O “Lockington Gold Hoard” é enterrrado em Lockington, Leicestershire, UK.
Uma escavação de 1993 em Leicestershire revelou um pequeno cemitério contendo uma vala com vários objetos pertencentes ao início da Era do Bronze – Lockington Gold Hoard. Essa descoberta foi importante por mostrar que objetos ricos dessa espécie não ficaram confinados a Wessex e entornos de Stonehenge como se acreditava então.
1800 AC
São escavadas as primeiras minas de cobre em escala industrial.
Estima-se que o Mount Gabriel (County Cork, Ireland) produziu em torno de 370 toneladas de cobre e Great Orme (ao norte de Wales) de 175 a 235 toneladas.
1500 AC – 1200 AC
Surgem armas e ornamentos mais sofisticados de metal.
Na média Idade do Bronze, formas menores de machados começaram a surgir junto com as lanças de pontas encaixadas às hastes. Armas mais confiáveis, como punhais e pequenas espadas, começaram a surgir, bem como elaborados broches e braceletes de bronze.
1500 AC – 800 AC
As práticas cerimoniais mudam à medida que as novas idéias religiosas se desenvolvem.
Após 1500 AC, os túmulos em cemitérios circulares foram sendo substituídos por cremação em cemitérios.
Machados mais leves, com soquetes, provam ser ferramentas mais efetivas para trabalhos em madeira.
Antes de 1970 os machados mais leves, encaixados à haste através de um buraco, eram vistos como funcionalmente ineficientes; entretanto, evidência recente de madeiras preservadas e hastes completas, têm mostrado que eram ferramentas efetivas e adaptáveis, com as hastes pesadas e bem balanceadas compensando a leveza relativa da cabeça dos machados.
As planícies dos vales principais são extensivamente povoadas.
Este foi o período em que começou a diferenciar-se a cerâmica do final da Idade do Bronze daquela da Idade do Ferro.
1200 AC – 800 AC
A produção de objetos de metal aumenta e se diversifica rapidamente.
As inovações principais foram os machados menores encaixados e as espadas com lâminas afiadas para cortar.
A cultura céltica e os reinos tribais começam a emergir.
A nova estrutura social, surgida com as alterações na religião e nos cerimoniais de enterros, e que persistiu através da Idade do Ferro, foi rotulada como “Céltica”. É provável que as elites controladoras do final da Idade do Bronze compreendessem uma proporção maior da sociedade e pode ter sido centrada sobre uma “aristocracia guerreira”. Esse foi o período em que numerosas tribos da Britain começaram a combinar-se em grupos maiores que se tornaram os chamados reinos tribais da Idade do Ferro.
A casa redonda torna-se a estrutura doméstica típica.
As casas da Idade do Ferro, diferentemente das do final da Idade do Bronze, não possuíam os postes internos para suporte do telhado, cujo peso era suportado pelas paredes.
800 AC – 700 AC
Os primeiros fortes de Colinas são construídos.
Originados ao final da Idade do Bronze (1000 AC – 800 AC), os fortes de colinas do início da Idade do Ferro são encontrados por uma enorme área das Ilhas Britânicas. Muitos foram usados de forma pouco freqüente e podem ter sido locais de encontros e armazenamento de alimentos sazonais ao invés de povoações habitadas permanentemente.
700 AC – 500 AC
A tecnologia do trabalho com ferro se difunde.
Objetos de ferro datando do sexto ou até sétimo século AC são conhecidos na England, Scotland e Wales, mas a ampla adoção do ferro somente se tornou comum durante o quarto século AC.
700 AC – 43 AC
Pequenos assentamentos para cultivo, com malhas de campos começam a se desenvolver.
Uma economia mista de exploração agrícola é sugerida por vestígios de gado, ovelhas e porcos e o processamento de cereais incluindo trigo, cevada e aveia. Colheitas de cereais e criação de animais domésticos, melhoradas, foram desenvolvidas e introduzidas durante a Idade do Ferro.
500 AC – 100 AC
O panorama britânico torna-se dominado por fortes de colinas.
Pelo quarto século AC, muitas partes da Britain foram dominadas pelos fortes de colinas. Em algumas delas, como no centro-sul da England e as fronteiras Welsh, eles eram muito grandes com fortificações e entradas complexas. Muitos desses locais tiveram populações consideráveis e atuaram como centros de serviços para uma população rural crescente.
500 AC – 0
Os primeiros “brochs” ou torres de pedras são construídas na Scotland.
Os primeiros “brochs” datam de 500 – 200 AC e eram ainda ocupados no primeiro milênio DC. Eram construídos com duas paredes concêntricas de pedra seca de modo a criar uma torre oca. Entre as paredes ficavam as galerias e escadarias que conduziam aos níveis superiores. Os pisos superiores de madeira provavelmente constituíam o principal espaço para moradia e o piso térreo era usado como um seguro armazém para os rebanhos.
330 AC
Pytheas de Massalia circunavega a Britain.
Pytheas de Massalia (hoje Marseille, a mais velha cidade da França, fundada por gregos), um mercador e explorador grego, circunavegou as Ilhas Britânicas entre 330 e 320 AC e produziu o seu primeiro registro escrito. Ele descreveu os habitantes como habilidosos plantadores de trigo, usualmente pacíficos, mas formidáveis na guerra quando usavam os carros puxados por cavalos.
300 AC – 0
As vilas do lago Sommerset Levels, de Glastonbury e Meare, são construídas.
Esses povoamentos, sobre grandes plataformas de madeira, foram construídos sobre a borda de uma área de charco e água hoje extinta. Escavações recuperaram milhares de artefatos de madeira e outros materiais orgânicos que raramente sobrevivem em povoamentos de área seca. Na Northern Ireland, , Scotland e Wales, povoamentos menores a beira de lagos, chamados “crannogs” são conhecidos e sobreviveram até o período Romana e ainda após.
200 AC – 000 DC
Ferreiros de ouro e bronze altamente especializados criam objetos decorativos.
Muitos desses itens foram deliberadamente enterrados ou colocados em rios e lagos, provavelmente como oferendas religiosas.
100 AC
Pela primeira vez as moedas são produzidas e usadas.
As primeiras moedas encontradas na Britain eram de ouro e foram cunhadas na França. Cerca de 80-60 AC começaram a ser produzidas na Britain e em torno de 20 AC eram usadas no sudeste da England. As moedas começaram a portar nomes de governantes, algumas tinham a palavra Rex (rei em latim) e algumas o nome onde eram cunhadas, sugerindo um crescente nível de capacidade para ler e escrever o latim. Na idade do Ferro as moedas foram produzidas ao norte da England, Wales, Scotland e Ireland.
FINAL DO VERÃO DE 55 AC
O general romano Julius Caesar invade o sudeste da England.
Após a conquista da Gália (moderna França e Bélgica), Julius Caesar atravessou o English Channel com duas legiões – em torno de 10.000 homens – provavelmente para desenvolver o reconhecimento e enviar aviso aos British aliados de tribos gaulesas. As tribos locais reagiram à sua chegada na praia de Deal, próximo de Dover, mas seus carros de guerra foram repelidos e eles buscaram por uma trégua. Caesar retornou ao continente para o inverno após o mau tempo ter danificado sua frota e impedido de chegar os reforços de cavalaria.
VERÃO DE 54 AC
Julius Caesar lança uma invasão em grande escala à England.
Julius Caesar invade a Britain pela segunda vez com 5 legiões e vence uma série de batalhas antes que sua frota, em Deal, uma vez mais, fosse destruída pelas tempestades. Esse atraso permitiu aos British se reagruparem sob o comando de Cassivellaunus, líder da tribo Catuvellauni. Ele promoveu uma efetiva guerra de guerrilha antes que a traição promovida por tribos rivais permitisse a vitória de Caesar. Uma rebelião iminente na Gália o forçou a retirar-se para nunca mais voltar. As primeiras duas invasões de Cesar à Inglaterra foram de natureza exploratória apenas e nunca pretenderam absorver a Britain à esfera romana.
VERÃO DE 52 AC
O renegado líder gaulês Commius, que fugiu para a Britain, funda um novo reino.
Commius, líder da tribo gaulesa Atrebates, abandona a Gália e torna-se rei da tribo Atrebates da England central-sul, com capital em Silchester (próximo de Reading). Lá ele cria sua própria cunhagem, cujos primeiros exemplos datam de 30 AC. Commius havia sido um aliado de Roma e havia acompanhado Julius Caesar em suas duas expedições à Britain. Ele juntara-se à revolta gaulesa sob o commando de Vercingetorix em 52 AC e abandonou a Gália após uma segunda revolta perdida no ano seguinte.
50 AC – 43 DC
Surgem povoamentos muito grandes, conhecidos como “oppida”.
As povoações conhecidas como 'oppida’ (do latim, significando um centro administrativo) eram em geral locais muito amplos, algumas vezes definidos por rios ou longas valas e diques. Muitas são associadas com centros de poder tribal, comércio com o mundo romano e ricos enterros. Os exemplos incluem Colchester, St Albans e Silchester, ao sul da England. Ao tempo da invasão romana, elas podiam ser encontradas tão longe ao norte quanto Stanwick, em Yorkshire. Nenhuma ‘oppida’ foi encontrada na Scotland, em Wales e na Northern Ireland.
VERÃO DE 27 AC
O imperador romano Augustus planeja a invasão da Britain.
Buscando fronteiras seguras para o seu império, Augustus desenha os planos para uma invasão à Britain mas não os concretiza atendendo às súplicas dos reis British Dumnobellaunus e Tincommius. Com isso as relações entre Roma e Britain permanecem boas pelas duas gerações seguintes, com evidência de que Roma mantinha um saudável comércio com os Britons.
20 AC – 43 DC
A influência romana cresce ao sul da Britain.
A partir de 20 AC o comércio se intensifica em locais como Colchester, St. Albans e Sichester, que exportam cerâmica, vinho e trabalhos com metais aos romanos, deles importando escravos, grãos, cães de caça e metais preciosos. É possível que algumas tribos do sudeste tenham desenvolvido relações diplomáticas com o início do império romano de Augustus e seus sucessores imediatos.
5 DC
Roma reconhece Cymbeline, rei dos Catuvellauni, como rei da Britain
INVERNO DE 9/10 DC
Cunobelinus torna-se rei da tribo Catuvellauni.
Liderando essa tribo por 30 anos, conquistou um imenso território. Seu nome aparece em moedas cunhadas em Colchester e St. Albans e é descrito pelo historiador romano Suetonius como “Rei dos Britons”. Seu território central era Hertfordshire, mas veio a controlar grande parte da East Anglia e o sudeste da England.
INVERNO DE 39/40 DC
Desenvolve-se uma crise na corte de Cunobelinus.
Um conflito de sucessão eclodiu no trono do enfermo Cunobelinus. Adminius, o filho mais jovem do rei, foi exilado e fugiu para a corte do imperador romano Calígula. Seus irmãos mais velhos, Caratacus e Togodumnus, ficaram com o controle dos extensos territórios tribais que se espalhavam pela maior parte da East Anglia e o sudeste da England.
VERÃO DE 40 DC
O imperador romano Calígula planeja uma invasão à Britain.
Tendo liderado o Império Romano de 37 a 41 DC, Calígula, por sua megalomania, tornou difícil ver com clareza fatos objetivos da campanha. Possivelmente ele pretendia o prestígio da conquista da Britain, algo que Julius Caesar não obteve, mas o exército recusou-se a prosseguir e a invasão foi abandonada.
VERÃO DE 42 DC
Verica, rei dos Atrebates, apela a Claudius para ajudá-lo a reconquistar seu trono.
Na expansão do território herdado, Caratacus e Togodumnus penetraram terras de seus vizinhos tribais, empurrando Verica, o rei dos Atrebates, para fora da Britain sul-central que acabou procurando refúgio em Roma. Como um “rei cliente” de Roma, procurou o apoio do Imperador Claudius numa proposta de reivindicação do seu trono. Foi o pretexto para a invasão romana da Britain no ano seguinte.
2500 AC – 1500 AC
O desenvolvimento dos machados de bronze conduz aos avanços nas técnicas de trabalho em madeira.
O conhecimento do trabalho em madeira, na Idade do Bronze, cresceu muito, recentemente, graças ao descobrimento de importantes locais alagados por toda a Britain e Ireland, já que os locais inundados preservam a madeira por séculos. A madeira foi o principal material de construção da Idade do Bronze e a introdução dos machados de metal foi o maior avanço tecnológico. Originalmente acreditava-se que os machados de bronze substituíram a pedra de forma gradual e num período de vários séculos; evidência recente sugere que este processo foi bastante rápido.
2500 AC – 800 AC
Os trabalhos de metal tornam-se crescentemente sofisticados
O início da Idade do Bronze (2500-1500 AC) viu a produção regular de trabalhos de metal mais sofisticados, consistindo, principalmente, de machados, adagas e pontas de flecha endentadas, conectadas à haste por um dente.
O trabalho com pederneira continua a despeito do desenvolvimento das ferramentas de metais
A introdução das ferramentas de metal, em torno de 2500 AC, não conduziu ao súbito abandono da pederneira como material para confecção das ferramentas leves do quotidiano. Ao final do Neolítico (final da Idade da Pedra), a britagem da pederneira mudou de longas lâminas para flocos mais curtos que eram afiados e fortes. Em torno de 1500 AC houve outra mudança, dessa vez em direção aos implementos para furação e perfuração no trabalho com osso e couro. Essa tradição pode muito bem ter continuado pelo início da Idade do Ferro.
2400 AC – 2200 AC
“Especialistas” criam a cerâmica “beaker” altamente decorada
A cerâmica era provavelmente produzida domesticamente; o aparecimento do trabalho com metais e novas formas altamente decoradas de recipientes para beber, chamados pelos arqueologistas de “beakers”, indicam a presença de especialistas na Britain. Provavelmente, os primeiros fabricantes dessa cerâmica vieram do continente, mas após um curto intervalo, eles tornaram-se locais.
2300 AC
“Amesbury Archer” morre perto de Stonehenge
Uma escavação de 2003 em Amesbury, Wiltshire, descobriu o corpo de um homem e cerca de 100 artefatos, incluindo facas de cobre, ornamentos de cabelo de ouro, vasos de cerâmica altamente decorados e muitas pontas de flecha de pederneira. Análises dos seus dentes mostraram que ele se criou na Europa Central. Indivíduos encontrados em dois outros túmulos próximos, do mesmo período, provavelmente teriam vindo do Wales Ocidental. Estas descobertas mostram que as viagens longas formaram uma importante parte da vida e crença do início da Idade do Bronze.
2049 AC
'Seahenge' é construída na costa de Norfolk.
Em 1998 uma pequena elipse com 55 postes de carvalho, circundando um grande carvalho invertido, foi descoberta em Holme-Next-The-Sea. Cerca de 50 diferentes machados de bronze foram usados e lascas de madeira encontradas dentro dos buracos dos postes, mostraram que as madeiras haviam sido trabalhadas no local, provavelmente como parte de um esforço comunal.
2000 AC – 1400 AC
Líderes da elite são enterrados com elaborados pertences mortuários.
Uma série de enterros de indivíduos sob aterros circulares e com pertences funerários elaborados, incluindo cerâmica funerária especial, adagas de bronze e cobre e objetos de ouro e âmbar, foram descobertos no Século XIX na área de Wessex e então no Século XX, próximo de Norfolk. Há fortes paralelos com a Bretanha, na França, sugerindo contato regular entre as duas áreas.
2000 AC
O “Lockington Gold Hoard” é enterrrado em Lockington, Leicestershire, UK.
Uma escavação de 1993 em Leicestershire revelou um pequeno cemitério contendo uma vala com vários objetos pertencentes ao início da Era do Bronze – Lockington Gold Hoard. Essa descoberta foi importante por mostrar que objetos ricos dessa espécie não ficaram confinados a Wessex e entornos de Stonehenge como se acreditava então.
1800 AC
São escavadas as primeiras minas de cobre em escala industrial.
Estima-se que o Mount Gabriel (County Cork, Ireland) produziu em torno de 370 toneladas de cobre e Great Orme (ao norte de Wales) de 175 a 235 toneladas.
1500 AC – 1200 AC
Surgem armas e ornamentos mais sofisticados de metal.
Na média Idade do Bronze, formas menores de machados começaram a surgir junto com as lanças de pontas encaixadas às hastes. Armas mais confiáveis, como punhais e pequenas espadas, começaram a surgir, bem como elaborados broches e braceletes de bronze.
1500 AC – 800 AC
As práticas cerimoniais mudam à medida que as novas idéias religiosas se desenvolvem.
Após 1500 AC, os túmulos em cemitérios circulares foram sendo substituídos por cremação em cemitérios.
Machados mais leves, com soquetes, provam ser ferramentas mais efetivas para trabalhos em madeira.
Antes de 1970 os machados mais leves, encaixados à haste através de um buraco, eram vistos como funcionalmente ineficientes; entretanto, evidência recente de madeiras preservadas e hastes completas, têm mostrado que eram ferramentas efetivas e adaptáveis, com as hastes pesadas e bem balanceadas compensando a leveza relativa da cabeça dos machados.
As planícies dos vales principais são extensivamente povoadas.
Este foi o período em que começou a diferenciar-se a cerâmica do final da Idade do Bronze daquela da Idade do Ferro.
1200 AC – 800 AC
A produção de objetos de metal aumenta e se diversifica rapidamente.
As inovações principais foram os machados menores encaixados e as espadas com lâminas afiadas para cortar.
A cultura céltica e os reinos tribais começam a emergir.
A nova estrutura social, surgida com as alterações na religião e nos cerimoniais de enterros, e que persistiu através da Idade do Ferro, foi rotulada como “Céltica”. É provável que as elites controladoras do final da Idade do Bronze compreendessem uma proporção maior da sociedade e pode ter sido centrada sobre uma “aristocracia guerreira”. Esse foi o período em que numerosas tribos da Britain começaram a combinar-se em grupos maiores que se tornaram os chamados reinos tribais da Idade do Ferro.
A casa redonda torna-se a estrutura doméstica típica.
As casas da Idade do Ferro, diferentemente das do final da Idade do Bronze, não possuíam os postes internos para suporte do telhado, cujo peso era suportado pelas paredes.
IDADE DO FERRO
800 AC – 43 DC
800 AC – 700 AC
Os primeiros fortes de Colinas são construídos.
Originados ao final da Idade do Bronze (1000 AC – 800 AC), os fortes de colinas do início da Idade do Ferro são encontrados por uma enorme área das Ilhas Britânicas. Muitos foram usados de forma pouco freqüente e podem ter sido locais de encontros e armazenamento de alimentos sazonais ao invés de povoações habitadas permanentemente.
700 AC – 500 AC
A tecnologia do trabalho com ferro se difunde.
Objetos de ferro datando do sexto ou até sétimo século AC são conhecidos na England, Scotland e Wales, mas a ampla adoção do ferro somente se tornou comum durante o quarto século AC.
700 AC – 43 AC
Pequenos assentamentos para cultivo, com malhas de campos começam a se desenvolver.
Uma economia mista de exploração agrícola é sugerida por vestígios de gado, ovelhas e porcos e o processamento de cereais incluindo trigo, cevada e aveia. Colheitas de cereais e criação de animais domésticos, melhoradas, foram desenvolvidas e introduzidas durante a Idade do Ferro.
500 AC – 100 AC
O panorama britânico torna-se dominado por fortes de colinas.
Pelo quarto século AC, muitas partes da Britain foram dominadas pelos fortes de colinas. Em algumas delas, como no centro-sul da England e as fronteiras Welsh, eles eram muito grandes com fortificações e entradas complexas. Muitos desses locais tiveram populações consideráveis e atuaram como centros de serviços para uma população rural crescente.
500 AC – 0
Os primeiros “brochs” ou torres de pedras são construídas na Scotland.
Os primeiros “brochs” datam de 500 – 200 AC e eram ainda ocupados no primeiro milênio DC. Eram construídos com duas paredes concêntricas de pedra seca de modo a criar uma torre oca. Entre as paredes ficavam as galerias e escadarias que conduziam aos níveis superiores. Os pisos superiores de madeira provavelmente constituíam o principal espaço para moradia e o piso térreo era usado como um seguro armazém para os rebanhos.
330 AC
Pytheas de Massalia circunavega a Britain.
Pytheas de Massalia (hoje Marseille, a mais velha cidade da França, fundada por gregos), um mercador e explorador grego, circunavegou as Ilhas Britânicas entre 330 e 320 AC e produziu o seu primeiro registro escrito. Ele descreveu os habitantes como habilidosos plantadores de trigo, usualmente pacíficos, mas formidáveis na guerra quando usavam os carros puxados por cavalos.
300 AC – 0
As vilas do lago Sommerset Levels, de Glastonbury e Meare, são construídas.
Esses povoamentos, sobre grandes plataformas de madeira, foram construídos sobre a borda de uma área de charco e água hoje extinta. Escavações recuperaram milhares de artefatos de madeira e outros materiais orgânicos que raramente sobrevivem em povoamentos de área seca. Na Northern Ireland, , Scotland e Wales, povoamentos menores a beira de lagos, chamados “crannogs” são conhecidos e sobreviveram até o período Romana e ainda após.
200 AC – 000 DC
Ferreiros de ouro e bronze altamente especializados criam objetos decorativos.
Muitos desses itens foram deliberadamente enterrados ou colocados em rios e lagos, provavelmente como oferendas religiosas.
100 AC
Pela primeira vez as moedas são produzidas e usadas.
As primeiras moedas encontradas na Britain eram de ouro e foram cunhadas na França. Cerca de 80-60 AC começaram a ser produzidas na Britain e em torno de 20 AC eram usadas no sudeste da England. As moedas começaram a portar nomes de governantes, algumas tinham a palavra Rex (rei em latim) e algumas o nome onde eram cunhadas, sugerindo um crescente nível de capacidade para ler e escrever o latim. Na idade do Ferro as moedas foram produzidas ao norte da England, Wales, Scotland e Ireland.
FINAL DO VERÃO DE 55 AC
O general romano Julius Caesar invade o sudeste da England.
Após a conquista da Gália (moderna França e Bélgica), Julius Caesar atravessou o English Channel com duas legiões – em torno de 10.000 homens – provavelmente para desenvolver o reconhecimento e enviar aviso aos British aliados de tribos gaulesas. As tribos locais reagiram à sua chegada na praia de Deal, próximo de Dover, mas seus carros de guerra foram repelidos e eles buscaram por uma trégua. Caesar retornou ao continente para o inverno após o mau tempo ter danificado sua frota e impedido de chegar os reforços de cavalaria.
VERÃO DE 54 AC
Julius Caesar lança uma invasão em grande escala à England.
Julius Caesar invade a Britain pela segunda vez com 5 legiões e vence uma série de batalhas antes que sua frota, em Deal, uma vez mais, fosse destruída pelas tempestades. Esse atraso permitiu aos British se reagruparem sob o comando de Cassivellaunus, líder da tribo Catuvellauni. Ele promoveu uma efetiva guerra de guerrilha antes que a traição promovida por tribos rivais permitisse a vitória de Caesar. Uma rebelião iminente na Gália o forçou a retirar-se para nunca mais voltar. As primeiras duas invasões de Cesar à Inglaterra foram de natureza exploratória apenas e nunca pretenderam absorver a Britain à esfera romana.
VERÃO DE 52 AC
O renegado líder gaulês Commius, que fugiu para a Britain, funda um novo reino.
Commius, líder da tribo gaulesa Atrebates, abandona a Gália e torna-se rei da tribo Atrebates da England central-sul, com capital em Silchester (próximo de Reading). Lá ele cria sua própria cunhagem, cujos primeiros exemplos datam de 30 AC. Commius havia sido um aliado de Roma e havia acompanhado Julius Caesar em suas duas expedições à Britain. Ele juntara-se à revolta gaulesa sob o commando de Vercingetorix em 52 AC e abandonou a Gália após uma segunda revolta perdida no ano seguinte.
50 AC – 43 DC
Surgem povoamentos muito grandes, conhecidos como “oppida”.
As povoações conhecidas como 'oppida’ (do latim, significando um centro administrativo) eram em geral locais muito amplos, algumas vezes definidos por rios ou longas valas e diques. Muitas são associadas com centros de poder tribal, comércio com o mundo romano e ricos enterros. Os exemplos incluem Colchester, St Albans e Silchester, ao sul da England. Ao tempo da invasão romana, elas podiam ser encontradas tão longe ao norte quanto Stanwick, em Yorkshire. Nenhuma ‘oppida’ foi encontrada na Scotland, em Wales e na Northern Ireland.
VERÃO DE 27 AC
O imperador romano Augustus planeja a invasão da Britain.
Buscando fronteiras seguras para o seu império, Augustus desenha os planos para uma invasão à Britain mas não os concretiza atendendo às súplicas dos reis British Dumnobellaunus e Tincommius. Com isso as relações entre Roma e Britain permanecem boas pelas duas gerações seguintes, com evidência de que Roma mantinha um saudável comércio com os Britons.
20 AC – 43 DC
A influência romana cresce ao sul da Britain.
A partir de 20 AC o comércio se intensifica em locais como Colchester, St. Albans e Sichester, que exportam cerâmica, vinho e trabalhos com metais aos romanos, deles importando escravos, grãos, cães de caça e metais preciosos. É possível que algumas tribos do sudeste tenham desenvolvido relações diplomáticas com o início do império romano de Augustus e seus sucessores imediatos.
5 DC
Roma reconhece Cymbeline, rei dos Catuvellauni, como rei da Britain
INVERNO DE 9/10 DC
Cunobelinus torna-se rei da tribo Catuvellauni.
Liderando essa tribo por 30 anos, conquistou um imenso território. Seu nome aparece em moedas cunhadas em Colchester e St. Albans e é descrito pelo historiador romano Suetonius como “Rei dos Britons”. Seu território central era Hertfordshire, mas veio a controlar grande parte da East Anglia e o sudeste da England.
INVERNO DE 39/40 DC
Desenvolve-se uma crise na corte de Cunobelinus.
Um conflito de sucessão eclodiu no trono do enfermo Cunobelinus. Adminius, o filho mais jovem do rei, foi exilado e fugiu para a corte do imperador romano Calígula. Seus irmãos mais velhos, Caratacus e Togodumnus, ficaram com o controle dos extensos territórios tribais que se espalhavam pela maior parte da East Anglia e o sudeste da England.
VERÃO DE 40 DC
O imperador romano Calígula planeja uma invasão à Britain.
Tendo liderado o Império Romano de 37 a 41 DC, Calígula, por sua megalomania, tornou difícil ver com clareza fatos objetivos da campanha. Possivelmente ele pretendia o prestígio da conquista da Britain, algo que Julius Caesar não obteve, mas o exército recusou-se a prosseguir e a invasão foi abandonada.
VERÃO DE 42 DC
Verica, rei dos Atrebates, apela a Claudius para ajudá-lo a reconquistar seu trono.
Na expansão do território herdado, Caratacus e Togodumnus penetraram terras de seus vizinhos tribais, empurrando Verica, o rei dos Atrebates, para fora da Britain sul-central que acabou procurando refúgio em Roma. Como um “rei cliente” de Roma, procurou o apoio do Imperador Claudius numa proposta de reivindicação do seu trono. Foi o pretexto para a invasão romana da Britain no ano seguinte.
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